
Foto: Divulgação/Fecomércio MG/Wagner Liberato
De acordo com 86% dos empresários mineiros dos segmentos de Hipermercados, Supermercados e Minimercados, Mercearias e Armazéns, o consumidor tem priorizado a compra de produtos da alimentação básica, como arroz e feijão. Carne vermelha, outras carnes e hortifrúti aparecem em proporção muito menor, com 13%, 12% e 10%, respectivamente. Segundo 70% dos empresários de gêneros alimentícios, os consumidores têm-se concentrado em itens específicos no atual momento. As informações estão na Pesquisa Perfil de Compras Alimentícias, realizada através do Núcleo Estudos Econômicos e de Inteligência & Pesquisa da Fecomércio MG.
O consumo de bens alimentícios está igual ao de 2024, de acordo com 51% dos entrevistados; para 22%, aumentou e, para 25%, está menor do que no ano passado. Entre os que notam consumo menor, a crise econômica e o preço alto dos produtos são as justificativas apresentadas. Já aqueles que observam aumento no consumo atribuem esse fato à melhora da economia, à confiança do consumidor e a estratégias de vendas. Conforme 78% dos entrevistados, a procura por produtos similares aos tradicionalmente consumidos, como compostos lácteos e mistura láctea condensada, é inexistente e apenas 11% dos empresários confirmam a substituição.
Na avaliação da maioria dos empresários (60%), os preços dos itens de higiene pessoal (61%) e limpeza da casa (62%) irão se manter estáveis. A percepção é de que os itens da cesta básica podem aumentar de preço, com 56% dos empresários prevendo alta. A expectativa de alta também é prevista por 59% para outros produtos alimentícios que não fazem parte da cesta básica. Os dados foram apurados entre os dias 21 de julho e sete de agosto, em todas as regiões do Estado. Os empresários se dividem quanto aos preços futuros de bebidas alcoólicas e não alcoólicas, sendo que 44% esperam aumento e quase 50% acreditam na manutenção.
Para atrair os consumidores, 53% das empresas do segmento de bens alimentícios têm adotado estratégias como promoções e liquidações; propaganda e divulgação (40%) e atendimento diferenciado (33%). Segundo 50% dos entrevistados, as compras semanais predominam, enquanto 27% indicam as compras diárias como as mais frequentes. Compras mensais são citadas por 23%. A pesquisa também mostra que o consumidor tem preferido pagar à vista, sendo que o cartão de débito aparece em primeiro lugar, citado por 31% dos empresários entrevistados. O pix, com 26%, vem em segundo, seguido pelo cartão de crédito à vista (16%) e dinheiro (15%).
“O comportamento do consumidor na hora de realizar suas compras essenciais demonstrou que as famílias mineiras têm ajustado seu consumo. Essa substituição demonstra a sensibilidade do consumidor ao aumento de preços de alguns itens específicos da cesta básica, o que altera a característica de demanda e pode até mesmo afetar a qualidade nutricional do que é consumido. Acrescido a isso, é possível notar o predomínio das compras à vista, demonstrando uma tentativa de controle orçamentário e a busca pelo não endividamento, o que reforça a cautela do consumidor na hora de consumir”, explica Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG.
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