
Barragem Forquilha III, da Mina de Fábrica, em Ouro Preto. Foto: Vale/Divulgação
A barragem Forquilha III, da Mina de Fábrica, em Ouro Preto, teve o seu nível de emergência reduzido de três para dois no Sistema Integrado de Gestão de Barragem de Mineração (SIGBM) da Agência Nacional de Mineração (ANM), nesta segunda-feira (18). “Alcançamos nosso compromisso de não ter barragens ao nível de emergência três até o ano de 2025, reforçando a segurança das pessoas e do meio ambiente. Também implementamos com sucesso e no prazo previsto o Global Industry Standard on Tailings Management (GISTM), para todas as nossas barragens de rejeitos. Continuaremos avançando na implementação do Programa de Descaracterização de Barragens a Montante e na melhoria contínua de nossa gestão de barragens”, disse Gustavo Pimenta, CEO da Vale.
A redução do nível de emergência decorre de avanços significativos no conhecimento da estrutura, obtidos através da realização de sondagens geotécnicas, ensaios de campo e laboratório, instalação de novos instrumentos para monitoramento e desenvolvimento de modelos que permitem análise mais assertiva das reais condições de estabilidade da estrutura. Como resultado, foram obtidos fatores de segurança que atendem aos critérios exigidos para a reclassificação do nível de emergência. A Barragem Forquilha III é uma das 13 estruturas a montante que ainda serão descaracterizadas pelo Programa de Descaracterização da Vale. Desde 2019, das 30 estruturas previstas, 17 (quatorze em Minas) foram descaracterizadas, o que equivale a 57% do total.
A previsão é concluir a descaracterização da barragem em 2035, com a execução completa do projeto de descaracterização e a recuperação ambiental. O dispositivo possui Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ) com Declaração de Condição de Estabilidade (DCE), capaz de reter os rejeitos no caso de eventual rompimento. As estruturas a montante da Vale no Brasil estão inativas e são monitoradas 24h/dia por Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs). A Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem Forquilha III está evacuada desde 2019, quando a estrutura foi classificada ao nível três. Apesar da melhoria das condições de estabilidade da barragem e da redução para nível dois, não haverá retorno da comunidade em cumprimento à legislação.
Enquanto os trabalhos de descaracterização avançam, ações de reparação e fortalecimento dos serviços públicos municipais correm em paralelo, como forma de compensar os impactos causados à comunidade local. Nesse sentido, a Vale firmou, em novembro de 2024, acordo para ações de reparação e compensação nos municípios de Itabirito, Ouro Preto, Rio Acima e Nova Lima. O acordo contempla programas relacionados a transferência de renda, requalificação do turismo e cultura, segurança, fortalecimento do serviço público municipal e demandas das comunidades atingidas. A Vale adotou o Padrão Global da Indústria para Gestão de Rejeitos (GISTM) em todas as suas barragens de rejeitos. Foram investidos mais de R$ 12 bilhões na execução deste programa de segurança nos seus dispositivos.
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