Geração Z é o que mais cresce nas negociações de dívidas

Imagem: Freepik

Geração Z é o grupo de pessoas nascidas entre meados dos anos 1990 e o início de 2010. Algumas características comuns associadas a esse público são acesso à tecnologia, internet desde a infância, pelos smartphones, exposição às redes sociais e preferência por conteúdo rápido, visual e multimídia. Em meio ao cenário de inadimplência recorde no país, os brasileiros têm buscado alternativas para regularizar as finanças. Segundo a Serasa, os primeiros meses de 2025 contabilizaram crescimento de 11,4% no número de consumidores que negociaram suas dívidas.

O levantamento é comparado em relação ao mesmo período de janeiro a julho de 2024. Entre eles, os jovens de 18 a 25 anos se destacam, com alta expressiva de 49% na quantidade de pessoas que negociaram na plataforma Serasa Limpa Nome. Em Minas Gerais, os inadimplentes de 18 a 25 anos fecharam, de janeiro a julho deste ano, mais de 129 mil acordos, significando incremento, em relação ao ano anterior, de quase 45%. Mais de 1,5 milhão de pessoas desta Geração negociaram dívidas nos sete primeiros meses desse ano, saltando de 10% para quase 14% dos consumidores.

A diminuição, por sua vez, fica na conta dos mais velhos, com mais de 65 anos, que registraram queda de 5% no período. “O aumento da participação dos jovens mostra que a educação financeira e o acesso facilitado à negociação têm feito diferença para uma geração que continua aprendendo a lidar com as finanças. Compreendendo pessoas com até 25 anos, muitos estão dando primeiros passos na vida profissional, e aproveitar os descontos agora pode evitar que as dívidas se transformem em um problema maior no futuro”, explica Patrícia Camillo, gerente da Serasa.

Em linha com o levantamento, uma pesquisa da Serasa ouviu quase três mil jovens de 18 a 29 anos para entender as tendências de comportamento em relação ao dinheiro. De acordo com o estudo, 55% dos entrevistados já assumiram a responsabilidade dos seus próprios gastos mensais e 40% contribuem ou dividem as despesas da casa. O Brasil encerrou julho com 78,16 milhões de pessoas inadimplentes, a maior marca do ano e da série histórica da Serasa. No total, são 307 milhões de dívidas, que somam R$ 482 bilhões, com valor médio por débito de R$ 1.570.

“Essa geração se mostra ainda mais madura financeiramente, colocando o pagamento de contas e dívidas, por exemplo, como uma das prioridades com o dinheiro que têm atualmente. Além disso, mais da metade dos jovens (57%) afirma que aprenderam a correr atrás de sua estabilidade financeira por crescerem em um ambiente instável, adotando novos hábitos e buscando mais informações sobre educação financeira”, analisa Patrícia Camillo. Bancos e cartões de crédito lideram as causas da inadimplência, concentrando 27% das pendências, seguidas por água, luz e gás (20%).

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