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Pesquisa da Serasa mostra que 57,5% das pessoas acham que dinheiro e amizade não se misturam. Embora a intimidade seja pilar de apoio, os valores podem ser fator de atrito e até mesmo da ruptura. Segundo o levantamento, as decisões financeiras estão conectadas à vida social de 67% dos brasileiros, que já compraram por influência. A amizade também é vista como parceria na hora de economizar: 43% costumam compartilhar promoções e desconto.
A pesquisa aponta ainda que a disposição em ajudar financeiramente é alta: 82% já emprestaram dinheiro a amigos, 67% pediram dinheiro emprestado e, ainda, três em cada 10 já pegaram empréstimo para ajudar uma pessoa próxima. A prática nem sempre tem um final feliz: 61% se arrependeram de ter emprestado. A questão financeira também já causou o afastamento de 31% dos entrevistados com os amigos e 40% já ficaram com o nome sujo por conta de um colega.
“Os dados mostram que a amizade continua sendo rede de apoio importante. Ao mesmo tempo, revelam como a falta de planejamento pode transformar boas intenções em conflitos. É essencial falar sobre dinheiro com mais naturalidade e responsabilidade. O sentimento de vergonha ainda predomina entre as relações, causando afastamentos entre amigos que não conseguem se abrir e falar sobre dinheiro“, explica Thiago Ramos, especialista em educação financeira da Serasa.
A famosa “vaquinha” ou a divisão de contas também pode gerar incômodo, entre as pessoas, independente do grau de intimidade. Apenas 33% dizem que sempre dividem os valores, quando se reúnem com os amigos, e 9% afirmam que alguém sempre paga mais, o que gera incômodo. A pesquisa encomendada pela Serasa foi realizada pelo Instituto Opinion Box entre 24 de junho e sete de julho, e ouviu 909 pessoas, de diferentes faixas etárias e regiões do Brasil.
“O segredo de falar sobre dinheiro com amigos está em criar um ambiente sem julgamentos. Cada um tem uma realidade financeira e por isso é tão importante conversar sobre o assunto. Com empatia e respeito, é possível entender melhor a realidade do outro, assim evitando convite que possam gerar desconforto, como restaurantes mais caros ou viagens em grupo. A longo prazo, ser verdadeiro sobre as finanças só trará benefícios para as relações”, indica o especialista da Serasa.
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