Pediatra e psicóloga mostram como cuidar das crianças na reta final do recesso escolar

Fonte: Reprodução FSFX

Durante as férias escolares, o descanso e a diversão das crianças ganham protagonismo na rotina das famílias. No entanto, esse período também exige atenção redobrada dos pais e responsáveis para que os momentos de lazer não acabem comprometendo a saúde, o bem-estar e o equilíbrio emocional dos pequenos. Duas profissionais da Fundação São Francisco Xavier (FSFX): a pediatra, Dra. Maria do Socorro, e a psicóloga Maiara Fagundes reforçam que, embora as férias sejam sinônimos de leveza, manter alguns cuidados são essenciais para garantir uma experiência saudável para todos.

“E fundamental lembrar da proteção durante as brincadeiras ao ar livre. Usar sempre protetor solar adequado para a faixa etária, reaplicando a cada duas horas ou após entrar na água. Utilizar bonés, roupas com proteção UV e evitar o sol entre 10h e 16h são medidas indispensáveis. Ofereça água com frequência, além de água de coco e sucos naturais sem açúcar, evitando refrigerante e bebidas muito açucaradas. Ofereça frutas, verduras e lanches saudáveis. Evite frituras, doces e fast food, que podem causar indisposição, queda de imunidade e problemas digestivos”, disse a pediatra.

“Sabemos que, muitas vezes, durante o período de férias, é comum que muitas famílias saiam da rotina. Mas vale sempre ressaltar que a criança precisa de previsibilidade para se sentir segura, estável e emocionalmente regulada. Não significa que as férias precisam ser rígidas ou cheias de horários e regras. Muito pelo contrário. Mas é possível e saudável manter uma rotina leve, como acordar e dormir em horários parecidos, organizar o dia com momentos de lazer e com muita brincadeira”, explica a psicóloga Maiara Fagundes, profissional da FSFX.

“As crianças precisam desse sono para se manter saudáveis. Alterações do sono impactam no comportamento, aumentam a irritabilidade, a impulsividade e causam crises de birra. Grande parte das internações é causada por acidentes dentro de casa. É preciso atenção com tomadas, fios, produtos tóxicos e objetos quentes. Cozinha, por exemplo, não é lugar de criança durante o preparo das refeições. É importante manter remédios em locais trancados, além de redobrar a atenção durante viagens. Ao se hospedar em outro lugar, é importante verificar janelas, sacadas, objetos perigosos,” reforça a profissional de medicina.

“E em deslocamentos, a criança deve ser transportada com segurança, sempre na cadeirinha ou assento apropriado. É importante identificá-las com pulseiras ou crachás e estabelecer um ponto de encontro. Febre alta e persistente, acima de 39 °C, principalmente se não ceder com antitérmico ou durar mais de 48h, deve ser avaliada. Vômitos e diarreia intensos, sinais de desidratação, dificuldades respiratórias, traumas na cabeça com sonolência excessiva, reações alérgicas com inchaços e coceiras são sinais de alerta. A dica é levar sempre a farmacinha”, orienta a médica.

“Que tal aproveitar esses dias para ler uma história antes de dormir, almoçar em família, fazer uma receita juntos ou brincar de jogo de tabuleiro? Atividades simples como desenhar, colorir, fazer um piquenique ou uma noite do pijama são experiências que a criança vai guardar para o resto da vida dela”, sugere a psicóloga. A médica Maria do Socorro corrobora com o pensamento da colega. “As férias são uma chance preciosa para fortalecer os vínculos da família. Deixe o celular de lado por um momento, aproveite esse tempo para criar memórias reais, valorizar o afeto”, finaliza a pediatra.

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