Pneumologista e intensivista da FSFX orienta sobre enfrentamento da asma

Dr. Alexandre Amilar Silveira. Foto: FSFX

Respirar bem sempre foi sinônimo de qualidade de vida. Para quem convive com a asma, uma doença crônica que, segundo o Ministério da Saúde, atinge mais de 20 milhões de brasileiros, essa realidade tem ganhado novos contornos com os avanços da medicina e o fortalecimento da educação em saúde. No sábado (21) se celebra o Dia Nacional de Controle da Asma, data em que o tema ganha ainda mais relevância, chamando atenção para o impacto direto do tratamento correto e do conhecimento sobre a doença na rotina dos pacientes. O pneumologista e intensivista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Dr. Alexandre Amilar da Silveira, mostra como enfrentar a enfermidade.

O especialista destaca que o entendimento atual da asma permite abordagens cada vez mais personalizadas. Ele explica que a doença não é única para todos e pode se manifestar de formas distintas. “Cada paciente apresenta um perfil diferente, por isso o tratamento deve ser individualizado, respeitando as características de cada quadro. São dispositivos seguros e precisos. A escolha do inalador deve levar em conta o que for mais confortável e fácil de usar para o paciente. O mais importante é que o uso aconteça com a técnica correta, orientada pelo médico e revisada, periodicamente, nas consultas de acompanhamento”, explica o médico pneumologista e intensivista da FSFX.

Para um grupo específico de pacientes com asma grave, surgiram ainda as terapias imunobiológicas, uma nova linha de medicamentos que atuam diretamente no processo inflamatório. “Embora sejam indicados para uma parcela menor da população, esses medicamentos vêm oferecendo resultados promissores no controle da doença em quadros mais complexos. São avanços importantes que ampliaram o arsenal terapêutico, especialmente para quem enfrenta formas mais severas da asma. Quando o paciente entende a sua doença, aceita o diagnóstico e participa do processo, as chances de controle são muito maiores”, destaca o especialista.

Ainda segundo o médico da FSFX, o apoio familiar também faz diferença nesse cenário. Ter familiares informados sobre o diagnóstico ajuda não só na rotina de cuidados, mas também na percepção precoce de alterações no quadro clínico. “O diálogo dentro de casa fortalece o tratamento e estimula o paciente a manter o acompanhamento regular e a vigilância sobre sua própria saúde. Poeira, mofo, fumaça, produtos de limpeza e perfumes são alguns dos gatilhos que podem desencadear crises. Por isso, identificar e evitar esses fatores ambientais fazem parte do dia a dia de quem convive com a doença, pois cada paciente tem maior ou menor sensibilidade a determinados elementos”, orienta o profissional de medicina.

O diagnóstico da asma, geralmente, é feito ainda na conversa entre o médico e o paciente, durante a anamnese. Segundo o Dr. Alexandre, com um plano bem estruturado e acompanhamento contínuo, é possível controlar completamente os sintomas e garantir qualidade de vida ao paciente. A principal mensagem, reforça o especialista, é que, apesar de ser uma doença crônica, a asma tem controle. “Com o tratamento adequado, orientação médica e conhecimento sobre a própria condição, é plenamente possível viver bem, manter uma rotina ativa e realizar todas as atividades do cotidiano sem limitações. Informação e acompanhamento são, hoje, os maiores aliados de quem enfrenta a doença”, pontua o médico.

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