Minas Gerais alcança o segundo maior saldo de empregos formais criados

Fonte: Sebrae-MG

O mês de fevereiro registrou saldo positivo de 52.603 novos postos de trabalho em Minas Gerais. O valor registrado resulta da diferença entre 283.184 admissões e 230.581 desligamentos, conforme levantamento realizado pelo Sebrae Minas, a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O estado apresentou o segundo maior saldo de empregos com carteira assinada, representando 12% das novas vagas criadas no país.

Esse resultado foi o melhor desde o início da série em 2020. As microempresas e empresas de pequeno porte (MPEs) mineiras representaram 61% do total de novos empregos gerados no país, totalizando 32.129 novas contratações. As médias e grandes empresas (MGE) registraram no período, dados positivos de 18.557 vagas (35% do total). O saldo de vagas criadas nas MPEs registrou expansão de quase 53%, passando de 21.011 para 32.129.

Houve, ainda, crescimento no dado acumulado no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2024, de quase 19%. Em termos setoriais, o saldo de vagas nas MPE foi positivo em todos os setores avaliados, com destaque para: Serviços (16.044), Agropecuária (5.082) e a Indústria da Transformação (4.210). Somente o setor de Comércio apresentou percentual negativo (-1.047). Destacaram-se: Educação Infantil (1.865), Cultivo de Alho (1.452) e Pré-escola (1.317).

Minas Gerais conta, atualmente, com um estoque de 4.857.770 empregos formais, sendo que 56% estão concentrados em MPE (2.725.800). O salário médio de admissão foi de R$ 2.068,59, valor R$ 70,94 abaixo do salário médio de demissão (R$ 2.139,53). O mercado de trabalho formal no Estado manteve seu dinamismo em fevereiro de 2025, reforçando o bom desempenho na geração de emprego e renda, sem dar sinais de desaceleração relevante da economia até o momento.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) destacaram que, apesar da recente alta na taxa de desocupação no Brasil, que atingiu 6,8% no trimestre móvel encerrado em fevereiro (alta de 0,7/ponto percentual frente ao trimestre anterior), o cenário do emprego no país ainda é positivo. Em Minas Gerais, a taxa de desemprego chegou ao patamar de 4,3% no quarto trimestre de 2024, o menor índice desde o início da pesquisa, iniciada em 2012.

A taxa ficou abaixo da média nacional (6%). “A expansão econômica observada nos últimos anos favoreceu o mercado de trabalho, com a transição de trabalhadores para empregos melhores, promovendo ganhos salariais para novos contratados. Do lado dos consumidores, o pessimismo também persiste, refletindo o desconforto provocado pela inflação dos alimentos e pelos juros elevados, que têm comprometido a situação financeira das famílias”, explica a analista do Sebrae-MG, Bárbara Castro.

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