Relatório das Nações Unidas alerta que pessoas em situação de pobreza têm até três vezes mais chances de desenvolver transtornos de saúde mental, como ansiedade e depressão. Segundo os dados, essa realidade já atinge cerca de 11% da população mundial e ainda acompanha uma tendência de crescimento: estima-se que, no futuro, um em cada dois adultos enfrentará algum tipo de problema mental ao longo da vida. O relatório descreveu a “Economia do Burnout”, um fenômeno no qual a busca incessante por crescimento econômico, combinada à precarização do trabalho, especialmente em plataformas digitais e aplicativos, se consolida como uma fonte de sofrimento mental.
Nesse cenário, emergem transtornos como a Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, um distúrbio emocional decorrente de situações de trabalho altamente desgastantes. De acordo com a diretora técnica de saúde mental e emocional Gabriela Ladeira, a Síndrome de Burnout é uma condição que afeta profundamente a vida do indivíduo, sendo desencadeada pelo acúmulo prolongado de estresse e tensão emocional. “Algo que não pode descansar em nenhum meio institucional é a promoção da vigília para a promoção em saúde, onde pessoas possam se sentir sempre seguras, que possam falar de seus problemas, para que então algo possa ser feito”, explica.
Entre os principais sinais: agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo e baixa autoestima. Em longo prazo, o distúrbio também pode se manifestar fisicamente, provocando cansaço excessivo, dores de cabeça e/ou musculares, alterações no apetite, insônia, tonturas, pressão alta, problemas gastrointestinais e taquicardia. O tratamento envolve principalmente psicoterapia, podendo ser complementado com o uso de medicamentos (antidepressivos e ansiolíticos). Os sintomas podem ser controlados entre um e três meses, mas o tempo varia conforme cada caso.
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