Plano de Proteção Contra Incêndios Florestais da ABNT visa proteção contra queimadas

Crédito: Divulgação/Cemig

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) promoveu, na última semana, em São Paulo (SP), o lançamento da norma “ABNT NBR 17190:2024 – Plano de proteção contra incêndios florestais”. O documento criado dentro Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio Florestal da ABNT (ABNT/CB-024), do qual a Cemig faz parte, tem o objetivo de prover às organizações uma estrutura para a proteção contra incêndios florestais, especificando requisitos para o alcance dos resultados pretendidos.

De acordo com a lei, órgãos ambientais do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), bem como todo e qualquer órgão público ou privado responsável pela gestão de áreas com vegetação nativa ou plantios florestais, deverão elaborar, atualizar e implantar planos de contingência para o combate aos incêndios florestais. A nova norma estrutura ações de prevenção, detecção, comunicação, mobilização e combate a incêndios florestais e pode contribuir para reduzir prejuízos.

Entre janeiro e novembro de 2024, quase 1,5 milhão de consumidores foram prejudicados, em mais de 1.200 ocorrências de incêndio registradas na área de concessão da companhia. “Incêndios ameaçam ecossistemas florestais, podendo devastar florestas, perda da biodiversidade, processos erosivos e de degradação do solo, alterando o ciclo hidrológico e influenciando negativamente aspectos socioeconômicos”, comenta Nilton Fernandes de Oliveira, engenheiro de Meio Ambiente da Cemig.

O setor de Meteorologia e o Centro de Operação da Distribuição (COD) da Cemig desenvolveram monitoramento via satélite, focos de calor a uma distância de até 1,5 km das Linhas de Distribuição de alta tensão (até 138 mil volts) da companhia. Criado em 2021, o Geopat (Sistema de Monitoramento Meteorológico da Alta Tensão) contribuiu para minimizar prejuízos causados por focos de incêndio na rede elétrica, e vem sendo usado para garantir o fornecimento de energia para os mais de nove milhões de clientes da empresa.

Com esses alertas, o COD aciona equipes de campo para inspeção que, ao chegar nos pontos indicados, têm mais facilidade e tempo hábil para identificar e minimizar o impacto da queimada na rede. Neste caso, as equipes conseguem atuar proativamente e atenuar o dano ao sistema, evitando o desligamento aos clientes daquele sistema. A iniciativa foi desenvolvida para monitorar, em tempo real e em caráter experimental, a Reserva Biológica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).