Após investigação, SMS confirma que dez óbitos não ocorreram por dengue

Aedes aegypti. Foto: Arquivo

Nesta quinta-feira (17), a superintendente de Vigilância em Saúde, Natália Andrade, concedeu entrevista para a rádio Itabira, destacando as ações que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem realizado diante da sazonalidade: altas temperaturas e período chuvoso, ideal para proliferação de arboviroses: dengue (quatro sorotipos), zica-vírus, chikungunya e febre amarela. Ela também explicou que as mortes atribuídas a dengue na epidemia que atingiu o país, a cerca de 11 meses, deixou 16 óbitos, e não 26, em Itabira. Essa conclusão ocorreu após investigação. Material das vítimas foi analisado por técnicos da Fundação Ezequiel Dias (Funed), indicando que dez perdas de vida ocorreram em virtude de outras enfermidades, porém as demais seriam evitáveis se não houvesse criatórios.

Foto: Arquivo

“Fomos fazendo a investigação e dez mortes por dengue foram descartadas. Mas, infelizmente 16 foram por dengue. Ela mata, deixa a pessoa sequelada e é tão fácil cuidarmos com a faxina-dengue, 10 minutos por semana. Saúde é alcançada com limpeza e higiene. Hoje em dia, estamos com o surgimento do Oropouche que se prolifera em matéria orgânica”, disse Natalia Andrade. O indicado é ao apresentar qualquer sintoma, procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) no território, ou fora do horário de atendimento, ir o Pronto Socorro Municipal de Itabira (PSMI). Todo caso é notificado compulsoriamente, e os dados são usados para traçar estratégicas de combate. O próximo Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) está agendado para os próximos dias.

Entrevista com Natália Andrade. Foto: Emmanuel Costa/Rádio Itabira

Natália Andrade ainda destacou que, uma série de ações estão programadas para o enfrentamento de casos, que devem aumentar diante do clima favorável ao ciclo de vida do vetor. “Temos dois tipos de armadilhas: as larvitrampas utilizadas para coletar larvas de mosquitos, vindas do Ministério da Saúde (MS), para analisar se eram ou não do Aedes aegypti; e agora, uma ferramenta nova, o monitoramento inteligente usado para capturar o mosquito, para tal fizemos vídeo explicativo, deixando claro que não atrai os mosquitos, apenas captura o que estiver sobrevoando”, finaliza a superintendente de Vigilância em Saúde. A MosquiTRAP é constituída por vaso plástico, com  abertura em formato de funil, túnel revestido por cartão adesivo e água ao fundo, criadouro que atrai o mosquito.

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