A obesidade, uma doença multifatorial e cada vez mais prevalente. O Dia Nacional de Prevenção à Obesidade, celebrado nesta sexta-feira (11) foi data instituída em 2008 pelo Governo Federal, para reforçar a importância da conscientização para combater os fatores que levam ao ganho excessivo de peso. Segundo o Ministério da Saúde, dados da Pesquisa Nacional de Saúde revelam que seis a cada dez dos adultos no país estão com excesso de peso, o que corresponde a cerca de 96 milhões de homens e mulheres. A maior prevalência está entre o público feminino: mais de 62%.
“Alimentos ricos em carboidratos, gordura saturada e ultraprocessados contribuem para o aumento de peso. O sedentarismo agrava o problema, criando um desequilíbrio entre a ingestão calórica e o gasto energético. Além disso, fatores hormonais como o desequilíbrio dos hormônios que regulam o metabolismo culmina também no excesso de peso”, explica o cirurgião bariátrico do Hospital Márcio Cunha (HMC), Dr. Anderson Morais especialista, unidade sob responsabilidade da Fundação São Francisco Xavier (FSFX). A alimentação e do metabolismo interferem.
Mas, o cirurgião explica que os fatores emocionais também têm grande contribuição para essa doença. “A ansiedade e a depressão também têm grande peso no desenvolvimento da obesidade, especialmente em adolescentes e jovens, que podem recorrer à comida para lidar com o estresse. O aumento da pressão arterial está relacionado ao aumento da resistência vascular periférica. Isso gera dificuldades do sangue circular pelos vasos de menor calibre e o organismo tende a aumentar a pressão para chegar nesses lugares”, complementa Dr. Anderson Morais.
“A gordura também interfere na insulina, levando ao diabetes. Além disso, tem a questão da esteatose hepática, que nada mais é do que o depósito de gordura no fígado, principal causa de cirrose não alcoólica. A alimentação balanceada, que inclua a proporção adequada de carboidratos, proteínas e gorduras, é essencial. Dietas muito restritivas não são sustentáveis em longo prazo e podem até prejudicar a saúde. Praticar atividade física de pelo menos 40 minutos, de três a quatro vezes por semana, é uma das melhores formas de combater a obesidade”, alerta o médico cirurgião.
Em casos que, mesmo com uma alimentação saudável e a prática de exercícios, o ganho de peso continue. Nestes casos, Dr. Anderson Morais aconselha buscar orientação médica. “É fundamental procurar um endocrinologista para verificar se há desequilíbrios hormonais O hábito alimentar se baseasse no equilíbrio entre a quantidade de carboidratos, de proteínas e de gorduras, em cardápio individualizado. Não existe uma regra que serve para todo mundo, deve ser individualizado, feito pelo profissional nutricionista ou nutrólogo,” afirma o especialista.
Para quem deseja perder peso de forma eficaz e saudável, Dr. Anderson Morais reforça a necessidade de disciplina e paciência. “É preciso entender que o emagrecimento é um processo gradual, que exige foco e determinação. Não se ganha peso da noite para o dia, nem se perde. Um plano consistente e sustentável é a chave para o sucesso”, pontua. Foi pensando em buscar a redução do peso por meio de uma dieta saudável, equilibrada e com a mudança no estilo de vida, que Izaura Barbosa, de 28 anos, ingressou no Projeto Equilibrar, do Programa +Atitude da Usisaúde.
A faturista da FSFX conta que decidiu mudar de vida ao observar que não estava se sentindo bem fisicamente, quanto mentalmente. “Percebi que precisava cuidar de mim e adotar hábitos mais saudáveis. Foi nesse momento que comecei a me exercitar e, em março de 2024, entrei para o Projeto Equilibrar. Antes do projeto, minha alimentação era desregulada e eu não tinha consciência da importância dos alimentos, achava que dieta significava passar fome, cortar tudo e seguir métodos mirabolantes que vemos na internet”, conta a colaboradora da FSFX.
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