Melhoras na assistência ao paciente de UTI
O Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) divulgou resultados da parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein, no projeto Telescope II, que teve início em março, e já traz resultados para a equipe e os pacientes. O estudo é ensaio clínico, prospectivo, aberto, nacional, multicêntrico, controlado e randomizado por ensaio de implementação escalonada. O objetivo consiste em avaliar a intervenção via telemedicina multidisciplinar, composto por especialistas e pacote de intervenção com enfermagem, fisioterapia e farmácia clínica.
O foco é qualidade e segurança, reduzindo a internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Segundo o HNSD, os ganhos com o projeto já estão sendo sentidos, na recuperação em menor tempo, permitindo o giro de leitos mais rápido, além de melhorar os processos e procedimentos internos na UTI 2 (clínica), onde acontece o projeto-piloto, na comunicação entre as equipes com os demais profissionais envolvidos no processo. Antes prevalecia a cultura do médico como protagonista nas tomadas de decisão unilaterais.
Para o staff da unidade hospitalar, nesse novo cenário o paciente é protagonista, e os demais profissionais participam ativamente. São realizadas discussões de casos, antes das tornando de decisões, que se tornam mais participativas e consequentemente assertivas, beneficiando todos os envolvidos na recuperação do paciente. O Telescope II é estudo amparado pelo Ministério da Saúde (MS) para avaliar efeitos de diferentes modelos de UTI com amparo virtual de intensivistas, onde há menor disponibilidade deste profissional.
A gerente de enfermagem do HNSD, Thaís Alves, explica que os profissionais daqui têm discussões diárias com médicos do Hospital Israelita Albert Einstein. Enfermagem, fisioterapia, farmácia clínica, e médicos, participam. Mensalmante ocorre repasse dos indicadores para a diretoria. “O pacote de intervenção hoje, após implantação do projeto, ele é do paciente, não é pacote de intervenção da UTI, o tratamento do paciente é personalizado,” enfatizou a coordenadora da UTI 2 do HNSD, Edilene Santos.
“Um exemplo desta participação é quando o fisioterapeuta estabelece uma meta para o paciente, e ele escolhe por executar ou não o que está sendo pedido. O paciente está participando do cuidado”, explica a coordenadora da fisioterapia, Suellen Cabral. A fisioterapeuta, Letícia Monteiro, disse que com o engajamento da equipe foram sentidos nos resultados, com a diminuição de tempo de internação e aumento da extubação (retirada da via aérea artificial).
“A importância do projeto é melhoria na qualidade da assistência ao paciente,” resumiu a enfermeira, Adriana Vieira. “Você faz ciência com o Einstein, discute os casos academicamente, isso dá mais segurança para todos”, enfatiza o médico coordenador da UTI 2, Urutã Pereira de Lucena. “O HNSD e seus profissionais estão se dedicando a este projeto que elevará ainda mais a qualidade do serviço para os clientes,” finaliza comunicado da entidade hospitalar.
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