A importância da vacinação contra a herpes-zóster

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Pesquisa realizada por médicos do Instituto Penido Burnier, apontou crescimento alarmante nos casos de herpes-zóster no Brasil. De acordo com o estudo, nos primeiros dois meses deste ano, houve 27 mil diagnósticos de reativação do vírus, um aumento expressivo em relação aos nove mil casos registrados no mesmo período do ano anterior. Esses dados foram extraídos de um levantamento detalhado conduzido pelo Datasus, ressaltando a necessidade de atenção redobrada para essa condição médica. Como a doença não é de notificação compulsória, apenas os dados dos pacientes hospitalizados são registrados, o que aponta para um total de ocorrências ainda maior.

“A vacina Shingrix, produzida pela farmacêutica britânica GSK com vírus inativado, foi aprovada pela Anvisa e já está disponível no mercado brasileiro. Esse imunizante é seguro, tendo uma eficácia de 97%. Ele deve ser administrado em duas doses com o intervalo de dois meses”, informa o infectologista Claudilson Bastos, que recomenda a necessidade da imunização para prevenir uma progressão para um quadro de maior gravidade da doença, como a internação. Conhecida popularmente como cobreiro ou fogo selvagem, a herpes-zoster é causada pela reativação, na idade adulta, do vírus varicela-zóster, o mesmo da catapora.

A doença atinge, normalmente, um lado do corpo, com o aparecimento de pequenas bolhas cheias de líquido (vesículas) cercadas por uma área avermelhada e dolorida, que pode durar de duas a quatro semanas. A vacina é indicada para pessoas a partir de 50 anos, sobretudo para aquelas que tiveram contato com o vírus no passado. Além disso, o imunizante é recomendável para pessoas com mais de 18 anos que possuem algum tipo de imunossupressão, a exemplo das que tiveram alguma infecção viral, como covid-19; portadoras de comorbidades (HIV, esclerose múltipla, lúpus, câncer, e diabetes); ou as que vão se submeter a transplantes.

Bastos destaca que antes do aparecimento das lesões de pele é comum, na maioria dos casos, que o paciente sinta dores nos nervos, febre, dor de cabeça, mal-estar, ardor, coceira, formigamento, agulhadas e/ou adormecimento local. “Apesar de não ter uma causa definida, a doença pode surgir durante episódios de baixa imunidade e/ ou estresse em pessoas de qualquer idade que já tiveram catapora ativa ou nas que tiveram contato com o vírus, mas ficaram assintomáticas. Isso porque, após o primeiro contato, o vírus permanece latente e inativo no corpo por anos até ter uma situação que possa ativá-la novamente, causando a herpes-zóster”, informa o infectologista.

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