A Fundação São Francisco Xavier (FSFX) destaca a importância da prevenção do glaucoma, que afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas no Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG). Caracterizado por danos progressivos no nervo óptico, é condição que, se não tratada adequadamente, pode levar à perda irreversível da visão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a segunda maior causa de cegueira, atrás da catarata.
Dentre os pacientes com maior fator de risco para desenvolver o problema, estão: pessoas acima de 40 anos com histórico familiar, pressão intraocular, míopes acima de seis graus e trauma ocular. “O grande desafio do glaucoma é que, na maioria dos casos, ele é assintomático até atingir estágios avançados. Por isso, é crucial realizar exames oftalmológicos regulares, especialmente para pessoas com fatores de risco conhecidos”, afirma Ibrahim Latif, médico oftalmologista da FSFX.
O diagnóstico envolve uma série de exames oftalmológicos. Não há um único teste capaz de determinar a existência do glaucoma. É condição complexa, que requer análise cuidadosa dos fatores que levam ao dano ao nervo óptico. O tratamento geralmente é iniciado com colírios para reduzir a pressão intraocular. Contudo, é importante ressaltar que alguns pacientes não alcançam controle total da pressão apenas com colírios, sendo indicada necessária terapia adicional.
As principais intervenções são implantes ou cirurgias como a trabeculectomia, em casos graves. “É fundamental que as pessoas busquem medidas preventivas para reduzir o risco de desenvolver o glaucoma, como realizar consultas regulares com um oftalmologista para um check-up abrangente, incluindo avaliação da pressão intraocular e do nervo óptico. Além disso, é importante estar ciente de que certos medicamentos podem aumentar o risco de desenvolver glaucoma”, Ibrahim Latif.
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