Várias celebridades assumiram publicamente o diagnóstico de bipolaridade a fim de quebrar os preconceitos associados à doenças mentais. Mesmo assim, comentários como “você é bipolar”, ditos para alguém que mudou de humor rapidamente são comuns. Tratar como triviais experiências vividas por quem sofre com esse diagnóstico é uma forma de banalização do transtorno. Estas situações contribuem para a desinformação e preconceito. Segundo Romário Santos, psicólogo da Clínica Mundo Neuropsi, a bipolaridade é uma condição clínica, psicológica, psiquiátrica e mental, caracterizada pelas mudanças extremas, com sintomas de euforia, mania e até períodos de depressão profunda. Essas relações podem ser intensas e impactar de forma significativa a vida e o cotidiano do indivíduo.
Na maior parte dos casos, a bipolaridade afeta jovens de 15 a 25 anos. Nos diferentes quadros, que variam de acordo com o paciente, tanto as fases depressivas quanto as fases maníacas podem durar dias a até meses. Além disso, por se tratar de um distúrbio complexo, a causa pode variar entre genética e ambientais. Santos enfatiza que diferentemente da fase depressiva, caracterizada por falta de energia, pensamentos de baixo valor à vida e desmotivação, durante os episódios de mania, a pessoa experimenta um momento acentuado de energia, irritabilidade, impossibilidade, autoestima inflada e existe a possibilidade de se envolver em atividades de alto risco. Além disso, o especialista completa que, pode também ocorrer pensamentos acelerados e dificuldade em manter o foco.
O psicólogo Romário Santos também cita que atribuir diagnóstico a si mesmo, e aos outros, pode dificultar aqueles que realmente sofrem com a doença a verificar e descobrir para realizar o tratamento adequado, uma vez que, na maioria dos casos, o indivíduo em sofrimento não consegue acessar informações sobre si mesmo. Além disso, o transtorno bipolar não possui uma cura, no entanto, pode ser controlado com um método mais preciso, contando com uso de medicamentos, terapia e mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada e rotina de atividades físicas. Também é importante que a família e pessoas próximas consigam identificar os possíveis sinais da doença para ajudar na conscientização do paciente e levá-lo ao cuidado adequado.
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