Violência de gênero em Itabira, cidade está há 18 meses sem registrar feminicídio

Delegado João Martins. Crédito: Emmanuel Costa/Rádio Itabira.

O 12º Departamento de Polícia divulgou dados de feminicídios entre os anos de 2020 e 2023. Todas as cidades da região onde ocorreu à modalidade criminosa estão no relatório, e os municípios não mencionados, necessariamente não foram excluídos da pesquisa. O melhor resultado foi na 3ª Delegacia Regional de Itabira, com taxa zero, indicando que nenhum caso de feminicídio foi registrado nos seis municípios de sua abrangência em 2023. São 18 meses sem feminicídio registrado, e o mais recente foi em setembro de 2022. Nos dois primeiros meses e na primeira semana de março (nove semanas de 2024), foram 170 procedimentos concluídos, 54 pedidos de medidas preventivas e 96 indiciamentos no contexto de violência sexual e doméstica contra a mulher.

Foto: Arquivo

Em 2022 houve feminicídio também em Ferros, além do caso em Itabira, somando dois nas cidades de responsabilidade da Unidade Regional de Polícia Judiciária. Em 2021 foram quatro casos: dois na sede da Delegacia Regional, e outros dois em Santa Bárbara, gerando redução nos números em comparação ao ano de 2022 de 50%. Em 2020 assim como e 2023 não houve essa modalidade de crime nas seis cidades da jurisdição. Para o Delegado-Geral da Unidade, Gilmaro Alves, o ideal seria uma taxa zero, como no último ano em Itabira, mas os números do departamento estão abaixo de várias outras regiões brasileiras. Apenas no Estado, 85% das mortes de mulheres em razão do gênero não tiveram a medida protetiva solicitada pela vítima.

Crédito: Emmanuel Costa/Rádio Itabira.

Diversos projetos vêm sendo lançados pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) em parceria com outras instituições, para a diminuição constante da incidência da modalidade criminosa, sendo que, o 12º Departamento da PCMG tem investido em ações específicas de combate ao femicídios nas regiões, como foco nas localidades em que se percebeu aumento de taxas. Os números se referem apenas aos feminicídios consumados, nos quais a mulher é vítima em razão do gênero. “As subnotificações estão diminuindo, pelo acesso aos canais de denúncia e a própria DEAM”, disse o titular da Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher (DEAM), João Martins Teixeira. Itabira conta com a ferramenta “Chame a Frida”, pelo número (31) 99398-6100, 24h/dia, chatbot para atender demandas e encaminhar ações atendimento presencial.

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