Em meio ao panorama crescente do surto de arboviroses (doenças causadas por vírus transmitidos pelo Aedes aegypti), Minas Gerais, divulgou Boletim Epidemiológico de Monitoramento, com 3.067 novos casos de Febre Chikungunya (22 de janeiro) confirmados no Estado. O cenário crítico alerta a importância do tratamento, que segundo especialistas, tornaram-se fundamentais para evitar a evolução da patologia. Os médicos destacam que, se não tratada em tempo hábil, a doença pode se tornar crônica, impactando significativamente na qualidade de vida do paciente.
Os sintomas da doença são clinicamente semelhantes a dengue: febre de início agudo, dores articulares, musculares, e de cabeça, náusea, fadiga e manchas avermelhadas pelo corpo. As dores nas articulações com edema e incapacitação são as principais manifestações clínicas que diferem a Chikungunya de outras arboviroses. As autoridades em saúde classificam a evolução da patologia em estágios. A etapa inicial (aguda) ocorre nos primeiros 14 dias, podendo evoluir para duas sequentes: subaguda, com duração de três meses, e crônica, que se estende pelo igual período.
“Se o paciente evolui nos sintomas para além dos três meses, a medicina já considera Chikungunya crônica. A pessoa passa a ter o mesmo tratamento dado aos pacientes com reumatismo clássicos: artrite reumatoide e lúpus”, alerta Guilherme da Silveira Campos, médico reumatologista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX). Estudo destaca que, a desconsideração ao tratamento no início, entre outras condições como, pessoas com lesões articulares preexistentes (artrose, diabéticos, mulheres acima de 40 anos) são fatores de risco, para a evolução de dor articular crônica.
O combate ao Aedes aegypti desempenha um papel fundamental na minimização dos riscos, evitando sua propagação. Segundo o médico, o primeiro passo é cuidar dos ambientes e evitar focos de novos mosquitos, aliado ao uso de repelentes tópicos e até eletrônicos. “É importante ressaltar que, a pessoa diagnosticada com a Chikungunya também precisa fazer o uso do repelente, pois a proteção evita que o mosquito, que ainda não teve contato com o vírus, se contamine, promovendo a proliferação de arboviroses”, alerta o reumatologista da FSFX.
Deixe um comentário