Dr. Cristiano Drumond. Crédito: Arquivo Pessoal
A campanha “Novembro Azul” busca conscientizar a população sobre o câncer da próstata, que é a segunda neoplasia que mais acomete os homens. Dados estatísticos da doença apontam que esta enfermidade é o tumor não-cutâneo mais comum em indivíduos do sexo masculino, sendo o segundo que mais mata no Brasil. Uma em cada sete pessoas será acometida pela doença, o que significa um novo caso diagnosticado a cada oito minutos no Brasil, e óbito a cada 40 minutos.
Projeções das entidades de saúde estimam que mais de 71 mil novos casos deste câncer será registrada somente no Brasil. A taxa de mortalidade da doença é de 13,5% após cinco anos do surgimento. Apesar dos dados alarmantes, 90% dos casos têm cura, mas, para isso, é necessário o diagnóstico precoce. O médico urologista do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), Dr. Cristiano Drumond, fez o alerta para a incidência, prevenção e mortalidade causada pelo câncer de próstata.
“O câncer de próstata é a neoplasia que mais acomete homens, superando o câncer de pulmão. À medida que a longevidade aumenta, cresce a probabilidade da doença. Recentemente, a US Task Force (EUA) sugeriu que os rastreamentos deveriam ser prescrito sob o argumento de que haveriam excessos no diagnóstico e isso desencadearia ações médicas contundentes, desnecessárias em pacientes com câncer muito inicial. Confesso que não aceitei bem essa recomendação,” disse o médico.
“Com alguma frequência nos deparamos com indivíduos antes dos 60 anos com doença avançada, às vezes sem chances de cura, situação que teria sido evitada se o mal tivesse sido identificado mais cedo. Parece mais razoável que o diagnóstico precoce seja realizado, mesmo que em maior número, e os urologistas, seguindo as melhores evidências científicas e os melhores preceitos éticos, tratem apenas os casos mais agressivos, que possam colocar em risco a vida de seus pacientes,” acrescenta.
“O câncer de próstata em sua fase inicial não apresenta sintomas. Quando os sintomas aparecem, muitas vezes a cura já não é possível. Ademais, penso que todos os seres humanos têm o direito inegociável de participar das decisões que interferem com o seu destino, ou seja, decisão compartilhada do tratamento. Como para qualquer outra condição, tendo um estilo de vida saudável. Culturas que têm dieta pautada em alimentos gordurosos têm maior incidência da doença,” conclui Dr. Cristiano Drumond.
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