ETA Pureza. Crédito: Ascom/Saae
Na noite de domingo (19), para segunda-feira (20) choveu em Itabira aproximadamente 15 milímetros, considerado índice pluviométrico moderado. A chuva ajudou, mas ainda é considerada pouca para redimensionar a crise hídrica, desta forma, o consumo do recurso hídrico deve continuar equilibrado, alertou a diretora-presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Karina Rocha Lobo em entrevista para a rádio Itabira. “O uso racional é evitar realmente o desperdício. Não lavar calçadas e carro, ou tomar banho demorado. A consciência de pensar no outro,” alertou a gestora.
Anúncio da força-tarefa durante live. Crédito: Ascom/Saae
O Saae contratou caminhões-pipa para enfrentar o momento emergencial, e começou nesta segunda-feira (20), essa força tarefa para enfrentar a crise. Devido a pouca chuva dos últimos meses, somada às altas temperaturas e o elevado consumo, os mananciais apresentam níveis baixos. Com isso, algumas regiões da cidade enfrentam situações de desabastecimento, apesar das medidas adotadas. A situação é mais crítica nos 13 bairros abastecidos pela Estação de Tratamento de Água (ETA) Gatos, que rotineiramente trabalhava com vazão média de 80 litros por segundo (l/s), domingo (19) chegou a 30 l/s.
Crédito: Ascom/Saae
Os caminhões-pipa serão utilizados para captar água em outros pontos e levar para tratamento. O trabalho será ininterrupto, até que a captação atinja níveis satisfatórios. Outra ação a ser realizada é a intensificação de manobras que consistem na regulação de registros e pressão de água, a fim de manter o abastecimento. No caso de locais em que as manobras não conseguem manter o abastecimento, caminhões-pipa serão direcionados para atender essa demanda, direto nas caixas d’água das residências. Esse tipo de situação deverá ser comunicado oficialmente ao Saae pelos canais oficiais.
Karina Lobo. Crédito: Emmanuel Costa/Rádio Itabira
Itabira terá fiscalização para notificar casos de flagrante de desperdício. A medida visa conscientizar a população sobre o uso racional. O alto consumo e desperdício em bairros mais baixos impedem que a água chegue aos bairros mais altos. A ETA Pureza também apresenta dificuldades para manter a vazão ideal. A estação vem operando em baixa, com vazão média entre 50 e 55 l/s, metade do normal. O uso de caminhões-pipa já é adotado para abastecer os dois hospitais, Unidades Básicas de Saúde (UBSs), creches, escolas e outros serviços essenciais quando o consumo ultrapassa o limite dos reservatórios em casos específicos.
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