Após quatro meses, Polícia Civil conclui investigação sobre falecimento de criança em creche

Creche onde estava a criança. Atualmente fechada

Uma morte que causou comoção em Itabira. No dia 28 de junho de 2023, uma criança de cinco meses foi encontrada desfalecida em um estabelecimento privado, de cuidados para bebês (creche). Ela foi encaminhada a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro, pela proprietária e uma funcionária. No entanto, ao chegar ao local, à vítima em parada cardiorrespiratória veio a falecer, apesar dos esforços da equipe médica.

As investigações conduzidas pela Polícia Civil de Itabira confirmaram a dinâmica dos eventos, conforme narrativa anterior. O laudo de necropsia elaborado pelo Legista apontou que a morte ocorreu devido à asfixia mecânica por sufocação direta, causada pela broncoaspiração de conteúdo lácteo, ou seja, a sucção de leite. O Perito Criminal que esteve no local considerou que a morte foi por motivo trágico.

Fotos de Maithê. Fonte: Arquivo Pessoal da Família

O Delegado de Polícia concluiu as investigações sem o indiciamento das investigadas, uma vez que, com base nos elementos probatórios, não havia indícios suficientes de negligência por parte delas. “Não há evidência, com base nas provas apresentadas, de que as investigadas tenham negligenciado um dever de cuidado, o que descarta a ocorrência do crime de homicídio culposo,” justificou o Delegado.

A proprietária da creche foi procurada, mas não quis se pronunciar. Apenas a advogada afirmou que encaminharia uma nota. Até o fechamento desta edição, o comunicado ainda não havia sido enviado. A mãe da vítima procurou a imprensa se queixando do atraso na conclusão das investigações e emissão do laudo de necropsia. A Polícia Civil procurada pela reportagem, apenas se manifestou nesta segunda-feira (30).

UBS que recebeu a criança

“Sou a mãe da Maithê e estava trabalhando quando recebi a notícia, que minha filha estaria em estado grave. Compareci ao Posto de Saúde, quando tive a comunicação do PSF às 16h. O hotelzinho não fez contato comigo. Foi o primeiro dia dela lá. Chegou roxinha e quando já era tarde. O fato teria ocorrido às 14h. O médico do Samu, o do PSF e um policial me comunicaram da parada cardiorrespiratória”, disse Lezilene Santos Ribeiro.

“Espero que chegue ao Ministério Público e o promotor encaminhe para abertura de processo judicial, mesmo sem o indiciamento da Polícia Civil. O laudo aponta que ela faleceu seis horas antes. Queria que as mães de Itabira se juntassem para se conscientizar, porque perder um filho não é fácil. Deixo nas mãos de Deus, o que Ele quiser será. Quero agilidade na continuidade desse processo”, concluiu a mãe a CBC TV Web.

 

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