Cerca de 10% dos nascidos vivos tem fibrose cística, doença hereditária

Dr. Ronaldo Macedo. Crédito: Matheus Campos

A fibrose cística é uma das doenças que podem ser detectadas logo ao nascer, por meio do teste do pezinho. No entanto, dados do Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística – Unidos pela Vida demonstram que 40% do público com a doença não teve o diagnóstico logo na primeira infância, 25% dos pacientes levam pelo menos um ano para ter o diagnóstico após os primeiros sintomas e 13% tiveram o diagnóstico somente após dez anos de vida. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde (MS), cerca de um a cada 10 mil nascidos vivos possui a doença, ou seja, 10%.

A fibrose cística é hereditária e pode, inclusive, ser detectada durante o pré-natal. Ainda não tem cura, mas conta com tratamentos completos e multidisciplinares, capazes de reduzir os impactos da doença para a qualidade de vida. Além disso, é uma doença crônica, não contagiosa, e pode prejudicar o bom funcionamento dos sistemas respiratório, digestivo e hepático. Por ser hereditária, algumas crianças apresentam sintomas logo no primeiro ano de vida. O importante é identificar a doença e tratar. O médico pneumologista Ronaldo Macedo, recomenda pontos de atenção.

“Se a criança tiver ganhado peso insuficiente, diarreia e tosse crônica, pneumonia de repetição no primeiro ano de vida, sinusites recorrentes, suor muito salgado e gordura nas fezes, o que chamamos de esteatorreia, é importante investigar, pode significar resultado positivo para a fibrose cística”, orienta o pneumologista. A fibrose cística gera o acúmulo de secreções do organismo nos pulmões, pâncreas e sistema digestivo. A secreção fica de 30 a 60 vezes mais espessa que o normal, por isso a dificuldade em ser eliminada. O diagnóstico é realizado pelo teste do pezinho.

 

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