Assembleia da Asprev debate realocação em Itabira, de anistiados presentes em outras cidades

Crédito: Sindicato Metabase de Itabira

A Associação Regional dos Aposentados e Pensionistas do Sistema Beneficiário Público e Privado de Itabira (Asprev) realizou neste sábado (23) assembleia para discutir a situação dos “Anistiados Vale”. Esse grupo tem lutado para resolver a situação. André Viana, presidente do Metabase, taxou os beneficiários como “escravos federais”. Entre março de 1990 e setembro de 1992 durante o Governo Collor cerca de 300 itabiranos foram demitidos da Vale, época de estatal. Em 1994, Lei Federal determinou que os demitidos fossem anistiados. Em 2011 eles retornaram, porém, a Vale já não era governamental, por isso muitos foram para outras instituições federais.

Crédito: Sindicato Metabase de Itabira

“Muitos faleceram sem sequer terem informações satisfatórias sobre a situação. Na carteira de trabalho deles não tem nada, nenhuma identificação de onde eles trabalham”, disse o líder sindical. Ainda de acordo com André, os trabalhadores que foram realocados em Itabira e em outras cidades  tiveram enorme prejuízo. A diferença salarial, a perda de plano de saúde e vale-alimentação, a distância dos trabalhadores da família e de Itabira são mais exemplos dessa perda. “Encontrar mecanismos que permitam que os anistiados voltem para o município é uma das prioridades deste movimento, afinal, muitos têm de manter suas vidas fora e manter as famílias que estão aqui na cidade,” disse André Viana.

Crédito: Sindicato Metabase de Itabira

Essa situação levou o presidente do Sindicato Metabase à uma audiência com a Ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, em outubro do ano passado. Um exemplo da situação são os salários, atualmente, é que não há uma progressão definida e adequada. São servidores públicos federais que não se enquadram em nenhuma categoria prevista na Lei e, por isso, exigem que possam contar com uma tabela de progressão salarial, além da identificação funcional do anistiado. Em torno de 60 pessoas ficaram em Itabira e o restante realocados nas cidades de Outro Preto, Mariana, Belo Horizonte, Ipatinga, João Monlevade, São João Evangelista e São João Del Rey.

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