
Professora Rosiane Almeida e o filho Theo. Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
Baseado na impressão limitante de que as pessoas com deficiência são incapazes de realizar tarefas, o capacitismo subestima suas competências, promove a exclusão social, e pode se manifestar sob a forma de superproteção e piedade. Datas como o Dia Nacional da Luta das Pessoas com Deficiência, lembrada nesta quinta-feira (21), e iniciativas públicas e privadas são indispensáveis para combater a discriminação e conscientizar sobre a importância da inclusão. Um desses exemplos é o projeto “Somos 21”, desenvolvido pela Estácio. É oferecido atendimento gratuito e multidisciplinar a recém-nascidos, e crianças de até cinco anos, na clínica escola do campus Floresta.
“O projeto envolve docentes e alunos de Enfermagem e Fisioterapia, com apoio dos cursos de Direito, Nutrição, Odontologia e Psicologia, e oferece serviços de orientação relacionados aos cuidados, desenvolvimentos físico e cognitivo, alimentação, aprendizagem, atendimento jurídico sobre os direitos legais, entre outros. Nosso trabalho consiste em auxiliar no tratamento e reabilitação dos assistidos, com a principal missão de acolher, orientar e conscientizar as famílias do seu papel nessa trajetória, mostrando que seus filhos são capazes e podem ter autonomia no decorrer do seu desenvolvimento”, explica Rosiane Almeida, professora de Enfermagem da Estácio e idealizadora do “Somos 21”.
A docente acrescenta que a atenção e o cuidado prestados desde o nascimento da criança com síndrome de Down promovem ganhos importantes para uma formação saudável, ativa e capacitada, atingindo marcos de desenvolvimento. “E os estímulos devem continuar em casa, pois também fortalecem os laços afetivos”, reforça. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, cerca de 300 mil brasileiros precisam lidar diariamente com o capacitismo e o preconceito social. “A síndrome de Down é uma condição genética, e não uma doença. Ela não incapacita os indivíduos, pelo contrário, eles podem e devem ser inseridos em todos os âmbitos da sociedade”, frisa Rosiane.
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