!PULSA! Movimento Arte Insurgente reúne 13 mil pessoas em 34 atividades

Baile Soul da Black Josie e Crew. Foto: Nereu Jr./Foco In Cena

Ao longo de nove dias, Itabira abrigou o !PULSA! Movimento Arte. Sete espaços públicos receberam atividades, entre eles o teatro e a galeria da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), Casa do Brás, Lamoca (Escola Livre de Artes), Bar da Neide no Clóvis Alvim, praça Nelson Lima Guimarães no bairro Pará, e comunidade quilombola do Barro Preto em Santa Maria de Itabira. Além de viadutos, muros e ruas da cidade se tornaram telas para intervenções artísticas. Foram 34 atividades culturais.

Quilombo do Barro Preto. Foto: Nereu Jr./Foco In Cena

O !PULSA! girou em torno de cinco eixos temáticos: Feminismo Artístico, Negritude Anticolonial, Vidas Trans-mudar, Arte Indígena Contemporânea e Coletivos Periféricos. Para isso, cerca de 120 artistas, técnicos, produtores e demais profissionais se dedicaram a fazer o evento acontecer. Assim, quase 13 mil pessoas puderam prestigiar a primeira edição do !PULSA!. Na estreia, o evento reuniu cinco espetáculos teatrais, com grandes nomes como Elisa Lucinda e Grupo Galpão, assistidos por 2500 pessoas.

Espetáculo A Mulher Monstro. Foto: Nereu Jr./Foco In Cena

A Feira !PULSA!, realizada no fim de semana de encerramento do evento, teve um público médio de 10 mil pessoas, ao longo dos três dias  repletos de atividades e shows musicais. Passaram por lá artistas como Marcelo Veronez, Silvia Klein, Ausier Vinícius; além dos itabiranos Marcus das Serras, Maria Bragança, Romário Araújo e Nonoca. Nos cinco workshops, que receberam 120 alunos, destaque para a slammer Roberta Estrella D’Alva, o cubano Néstor Lombida e Mariana Chalfum.

Romário e Nonoca. Foto: Divulgação/Pulsa

As três rodas de conversas contaram com pensadores, pesquisadores e intelectuais itabiranos, como Eva Gonzaga, Sandra Duarte, Débora Santos e Maria da Conceição “Lia”, bem como convidados especiais, e presença de mais de 120 pessoas. Os dois seminários realizados receberam, ao todo, um público de cerca de 140 participantes como João Lucas, Márcia Kambeba, Sandra Benites, Mapulu Kamayura, Ivanir dos Santos, Ricardo Aleixo, Nêgo Bispo, e Marcos Alexandre, dentre outros.

Foto; Divulgação

Quatro intervenções urbanas e artísticas, puderam ser desenvolvidas por quase 200 pessoas. A residência Leão do Rosário, de Adyr Assumpção, chegou até a comunidade quilombola do Barro Preto; e o Campeonato de Gaymada conquistou adultos e crianças. “Do ponto de vista curatorial, alcançamos o que queríamos que era trazer discussões estruturais da sociedade como questões raciais, de gênero, ecológicas e a noção ampla de periferia,” revela Andreia Duarte, idealizadora  do evento.

Foto:Nereu Jr./Foco In Cena

“Tudo feito por meio de uma metodologia que denominamos de ‘escutaria’, e que pretendeu construir um espaço de diálogo. Conseguimos trazer pessoas de Itabira para dentro do festival tanto no sentido direto, como mediadores, produtores e técnicos, participando de todo o evento. Foram muitos retornos sensíveis sobre como as ações trouxeram transformação profissional e uma amplitude da visão. Muitos depoimentos de pessoas que trabalham com arte”, detalha a curadora Andreia Duarte.

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