FSFX: “Setembro Amarelo” mostra a importância na atenção com a saúde mental

Campanha Setembro Amarelo. Foto: FSFX

O “Setembro Amarelo” é marcado pela mobilização no empoderamento da saúde mental, na promoção da empatia, acolhimento e cuidado mútuo, junto àqueles que apresentam fragilidades emocionais. Uma causa que desempenha um papel importante na conscientização às questões relacionadas à saúde mental e apoio àqueles que estão lutando contra a dor emocional, e no combate ao suicídio. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) chama atenção para o número crescente de jovens (15 e 29 anos) com comportamentos suicidas.

De acordo com especialistas, entre os fatores de risco que podem desencadear comportamentos suicidas, está a fragilidade mental gerada a partir de doenças como depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, histórico de problemas emocionais familiares, além do uso de bebidas alcoólicas em excesso e consumo de drogas. A prática de hábitos como alimentação saudável, a prática de atividades físicas, qualidade do sono, são comportamentos que, para os médicos, somam na proteção contra o comportamento suicida.

Psiquiatra Felipe Timo. Foto: FSFX

O psiquiatra da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Felipe Timo, diz que debater temas relacionados ao suicídio desmitifica o assunto, torna o acolhimento e a busca às orientações profissionais ainda mais acessíveis à população. “Nem sempre o paciente que têm pensamentos suicidas externam sua fragilidade. Muitas vezes, a pessoa sofre calada, mas quando ela se sente confortável e acolhida por um amigo, familiar ou colega de trabalho, essa abordagem mais empática pode salvar a vida de alguém”, enfatiza o especialista.

Ainda segundo o médico da FSFX, a internação de jovens por comportamento suicida tem crescido, com destaque para casos de automutilação e transtorno de personalidade, que são fatores de risco consideráveis. “Os jovens, em muitas das vezes, apresentam instabilidade emocional, dificuldades de lidar com as frustações, comportamentos impulsivos, além de passar mais tempo ligado às telas, o que torna esse público menos interativo. Tudo isso se torna um gatilho para que as fragilidades emocionais instalem”, destaca o psiquiatra.

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