Dia Nacional de Combate ao Fumo lembrado em 29 de agosto

Dr. Ronaldo Macedo. Crédito: Matheus Campos

A cada ano, o tabaco mata oito milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde. E para não contribuir com este triste índice, muitas pessoas buscam alternativas para abandonar o vício, um grande desafio frente ao estresse da abstinência, o apelo social e outros fatores. Nesta terça-feira (29) celebra-se o Dia Nacional de Combate ao Fumo e motivos não faltam.

O médico pneumologista Ronaldo Macedo elenca doze motivos benéficos para estimular a deixar o vício: vinte minutos após parar de fumar, a frequência cardíaca cai; ou seja, a pressão arterial e a frequência do pulso voltam ao normal; após duas horas, não há mais nicotina circulando no sangue; depois de oito horas, os níveis de monóxido de carbono, presentes no sangue, atingem os valores normais e o nível de oxigênio aumenta.

Em 24 horas, os pulmões passam a funcionar melhor e os brônquios já começam a limpar os resíduos deixados pelo tabaco; após 48 horas, o olfato já pode sentir melhor os cheiros e o paladar degustar melhor os alimentos; entre duas e 12 semanas a pele fica menos oleosa, melhora a circulação sanguínea e a capacidade pulmonar pode aumentar em até 30%; entre um e nove meses, a tosse, a falta de ar e a respiração ofegante diminuem.

Depois de um ano, o risco de doenças cardíacas, como o infarto, caem pela metade; em cinco anos, os riscos de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto do miocárdio e morte por ataque cardíaco se aproximam ao de uma pessoa que nunca fumou; dez anos depois, o risco de sofrer um infarto é semelhante ao de uma pessoa que nunca fumou; entre 10 e 15 anos, a expectativa de vida se iguala a de um não fumante.

Segundo o especialista, o primeiro passo é definir como se deseja passar por este processo: parada imediata, quando se determina uma data e a partir dela não fuma mais nenhum cigarro; ou parada gradual, na qual se estipula a quantidade de cigarros consumida no dia. “Cada pessoa irá definir como se sente melhor com relação ao abandono do vício e o importante é que se tenha apoio da família e dos amigos”, destaca.

“Haverá a síndrome de abstinência, que inclui a fissura (vontade intensa de fumar), dor de cabeça, irritabilidade, tonteira, alteração do sono, tosse, indisposição gástrica e outros sintomas que podem variar de pessoa para pessoa. Também é possível que não se tenha nenhum sintoma. Em média, quando se manifestam, os sintomas duram de uma a duas semanas”, diz o médico. E determinante não ter medo de recaídas.

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