Otorrinolaringologista chama atenção para riscos à saúde com alterações bruscas de clima

Foto Arquivo

O calor forte e a baixa umidade relativa do ar registrada recentemente devem permanecer nos próximos dias. Projeções do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) apontam que os índices de umidade relativa do ar devem oscilar entre 20% e 30%, o que demanda atenção redobrada em relação às doenças respiratórias. “A baixa umidade atua como fator irritativo das nossas mucosas, contribuindo para o desenvolvimento de quadros de rinite, sinusite, bronquite, asma e laringite”, explica o otorrinolaringologista especialista em alergias respiratórias, Cristiane Passos Dias Levy.

Nesse contexto, o frio, a poluição e alguns hábitos equivocados são fatores que nos tornam ainda mais vulneráveis. “A falta de hidratação, o uso de indiscriminado de descongestionantes nasais, o tabagismo e até mesmo a prática de exercícios físicos, dependendo do horário e do local, são aspectos agravantes e que jamais podem ser ignorados”, alerta a especialista. Dessa forma, a adoção de uma rotina mais criteriosa é a melhor forma de evitar tais desconfortos. A começar pela ingestão regular de água, que seria a dica mais elementar em termos de prevenção a todas essas doenças.

“O ideal é beber, em média, oito copos de água ao longo do dia, principalmente nos intervalos de exercícios físicos ou quando se faz o uso da voz com muita intensidade, como é o caso de professores, radialistas e outros profissionais que dependem da comunicação oral. Tudo isso contribui para um ressecamento ainda maior das nossas vias aéreas, além de potencializar eventuais problemas cardíacos”, observa a médica, que indica observar hábitos que potencializem a irritação das vias aéreas, não fumar e fazer evitar atividades quando a umidade é menor, assim como uso contínuo de descongestionante nasal.

Isso também vale, segundo ela, para as aglomerações e a permanência prolongada em ambientes fechados ou com ar-condicionado. Isso porque, o ressecamento das mucosas aumenta o risco de convivência oportunista das vias aéreas. Mesmo dentro de casa, a especialista explica que esses meses de tempo seco requerem cuidados extras. “Nessa época do ano, é muito importante manter a casa ventilada e livre de poeira, por conta dos ácaros, principalmente. Deixar as janelas abertas sempre que possível e reforçar a limpeza de objetos como tapetes, cortinas e bichos de pelúcia é também essencial.”

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