“Caverna-abrigo” usada por preguiças pré-históricas em Minas Gerais está sob cuidados da Vale

Como seriam os animais pré-históricos. Crédito: Rodolfo Nogueira

Recinto é um importante marco histórico da megafauna extinta no Brasil

Uma caverna, escavada por preguiças-gigantes, há pelo menos 10 mil anos, com aproximadamente seis metros de comprimento e peso aproximado de quatro toneladas que viveram em nossa região junto com outros animais como pré-históricos foi descoberta por pesquisadores em uma área da Vale, próxima ao Parque Nacional da Serra do Gandarela, região do quadrilátero ferrífero. Com túneis, salões escavados e ranhuras, no local há indicação de atividades compatíveis com os milodontídeos cavadores, ou preguiças-gigantes de dois dedos.

Crédito: Divulgação/Vale

A caverna possui 340m de extensão, sendo a maior paleotoca conhecida até o momento em Minas Gerais. Desde a sua descoberta, em 2010, a estrutura segue protegida e foi classificada pelos estudos da Vale como “cavidade de máxima relevância”, seja por atributos físicos ou biológicos, o que, de acordo com a legislação brasileira, já lhe atribui uma condição legal de proteção permanente. Essas preguiças-gigantes terrestres eram um grupo de mamíferos pré-históricos que viviam em rebanhos e eram herbívoros, consumiam em média 300 quilos de alimentos por dia.

Crédito: Rodolfo Nogueira

“A sua importância histórica, ecológica e ambiental é indiscutível. São ambientes extremamente para a reconstrução da evolução da vida no planeta, mas que atualmente, assim como outras cavernas, também representam um abrigo para espécies raras e endêmicas e que, portanto, necessita de medidas de proteção. Além de ser umas das maiores cavernas do Quadrilátero Ferrífero, até o momento são conhecidas pelo menos uma dezena de espécies troglóbias para esta caverna”, destaca o pesquisador Rodrigo Lopes Ferreira, da Universidade Federal de Lavras.

Créditos: Robson Zampaulo

Atualmente, a Vale conta com uma equipe de 25 profissionais dedicados ao tema espeleologia em todo o território nacional. Os especialistas coordenam trabalhos de monitoramento espeleológico, pesquisas científicas e projetos técnicos visando o atendimento à legislação vigente e promovendo operações sustentáveis nas minas onde a Vale atua. Ao longo dos últimos 10 anos, a Vale promoveu a criação de 12 áreas de proteção ambiental com foco em preservação de cavernas, com destaque ao Parque Nacional Campo Ferruginosos, no Pará, o qual detém cerca de 377 cavernas.

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