Pneumologista da FSFX alerta para o combate ao vício no Dia Mundial Sem Tabaco

O Dia Mundial Sem Tabaco, lembrado nesta quarta-feira (31) tem o objetivo de alertar a população sobre os males à saúde do tabagista, e promover a conscientização sobre os benefícios em largar o hábito de fumar. Deixar o vício não é tarefa fácil, mas uma batalha que vale a pena ser travada por vários motivos, sendo o principal a saúde do fumante e de todos os que estão a sua volta. O cigarro traz inúmeros prejuízos à saúde, sendo responsável por cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão, além de associada a diversas doenças.

Pneumologista Marco de Abreu. Foto: FSFX

Marcos de Abreu, pneumologista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), ressalta que uma das principais doenças associadas ao tabagismo é a enfermidade obstrutiva crônica, caracterizada pela presença de enfisema pulmonar e bronquite crônica. Entre os sintomas estão a falta de ar, tosse e chiado no peito. A enfermidade aumenta o risco de infecção, pneumonia, internação, intubação e ventilação mecânica. A nicotina aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca, danifica os vasos sanguíneos e promove a formação de coágulos sanguíneos.

Antônio Carlos de Abreu. Foto: FSFX

“Eu fumava cerca de dois maços por dia, era automático. Acordava e já acendia um cigarro e ia dormir fumando. Cheguei a amarelar o teto do meu quarto”, relembra o aposentado Antônio Carlos de Abreu Lima, de 61 anos, de Alvinópolis, atendido pela FSFX. Os efeitos começaram a cobrar seu preço, manifestando cansaço permanente, falta de ar e um sabor desagradável na boca. A situação tornou-se alarmante quando sua saúde física e a sensação de bem-estar começaram a declinar mesmo com a prática regular de exercícios físicos, como usar a bicicleta.

A fumaça possui mais de sete mil substâncias tóxicas, das quais pelo menos 70 são conhecidas por serem cancerígenas. Estima-se que esse vício mate mais de oito milhões de pessoas anualmente, de acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo sete milhões de fumantes ativos e cerca de 1,2 milhão de pessoas como passivos. “Nunca é tarde para deixar o vício. Os resultados positivos no corpo são imediatos mesmo em tabagistas de longa data. Ao parar de fumar, o corpo começa a se recuperar gradativamente”, conclui o pneumologista Marcos de Abreu.

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