Em 28 de abril é comemorado Dia Nacional da Caatinga

Caatinga. Foto: Wikipédia

O levantamento derivado do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Caatinga, parte integrante do MapBiomas Alerta, feito a partir de imagens de satélite, mostra que o desmatamento continua avançando sobre a Caatinga: foram 115.894 hectares em 2021 contra de 68.304 hectares em 2020, um aumento de 70% em apenas um ano. Desse total, 80,7% foram desmatados em apenas quatro dos nove Estados do bioma: Bahia, Ceará, Pernambuco e Piauí. Os dados fazem parte de um levantamento que o MapBiomas apresentará o WRI Brasil no Dia Nacional da Caatinga, celebrado em 28 de abril.

“Além da concentração do desmatamento em quatro dos nove estados do bioma, é possível constatar que, em todos eles, a maior parte do desmatamento se dá em poucos municípios. No caso de Sergipe, Minas Gerais e Piauí e, por exemplo, cinco municípios responderam por 65,7%, 43,3% e 37,1% da área desmatada nesses estados, respectivamente. Esses dados certamente podem ajudar os governos a fiscalizar a legalidade dessa supressão de vegetação natural”, explica Washington Rocha, coordenador do mapeamento da Caatinga do MapBiomas.

Em Minas, a soma do número de alertas identificados nos cinco municípios com maior número de alertas: Francisco Sá, Porteirinha, Pai Pedro, São Francisco, Jaíba, representa 44% do total de alertas identificados no Estado em 2021. Em área desmatada, os municípios líderes em desmatamento são: Capitão Enéas, Jaíba, Francisco Sá, Pai Pedro, Manga. Juntos, eles respondem por 43% do total. “O bioma Caatinga é um dos mais vulneráveis às mudanças climáticas no Brasil, e o avanço da degradação nesse ecossistema preocupa”, ressalta Jeferson Ferreira-Ferreira, Coordenador de Ciência de Dados do WRI Brasil.

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