Especialista da FSFX aponta cuidados necessários nos primeiros dias do recém nascido

Ana Luíza Barcelos. Foto: FSFX

Ana Luíza Barcelos. Foto: FSFX

Desde antes do início da gravidez, é necessário a mulher ser acompanhada por especialistas, por meio da consulta pré-natal e exames. Após o nascimento, novos cuidados com o recém-nascido até os dois anos, e a mãe, são essenciais para a saúde de ambos. A criança deve ser acompanhada periodicamente por um pediatra. Após esse período o acompanhamento também se faz necessário, no entanto, essa fase especial que pode ser chamada de os primeiros 1100 dias de vida, que inclui os três meses antes da concepção, a gestação, indo até o segundo ano de vida da criança.

Segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) nos primeiros dias células cerebrais podem fazer até mil novas conexões a cada segundo. Essas conexões contribuem para o funcionamento corporal e aprendizagem. “Os primeiros 1100 dias são essenciais para o futuro da criança. É uma oportunidade para que os profissionais possam mudar a rota e contribuir com iniciativas mais saudáveis que poderão impactar positivamente a vida inteira da criança”, destaca Ana Luíza Barcelos, pediatra da Usifamília, plano da Usisaúde, da Fundação São Francisco Xavier (FSFX).

A amamentação é recomendada até os dois anos de idade, o leite materno deve ser o alimento exclusivo nos primeiros seis meses. Não há necessidade de outros alimentos. Ainda segundo a pediatra, os pais podem contribuir significativamente para a saúde e o bem-estar dos pequenos com a prática de atividades ao ar livre e uma rotina adaptada para às necessidades da criança. Durante as consultas de rotina, que no primeiro ano de vida devem ser mensais, o profissional acompanha o desenvolvimento cognitivo, avalia o crescimento e peso, a vacinação, a alimentação e a rotina da criança.

A especialista explica que todo esse cuidado é fundamental para que alterações do desenvolvimento detectado ou ajustes de alimentação, por exemplo, possam ser feitos, para que a criança atinja todo o seu potencial. A adoção de uma boa alimentação deve ser hábito de toda a família. Desde a gravidez, a forma como a mãe se alimenta poderá trazer impactos positivos ou negativos para o desenvolvimento da criança. A alimentação apropriada inclui uma dieta equilibrada da mãe, o aleitamento materno exclusivo, após seis meses inicia-se a introdução de alimentos, mas mantendo a amamentação.

“A introdução de outros alimentos ricos em sódio, açúcar, industrializados e ultraprocessados, podem contribuir para o desenvolvimento futuro de doenças como a hipertensão, obesidade, diabetes, alterações intestinais, imunidade, etc. A oferta de alimentos com açúcar para menores de dois anos podem ainda mudar o paladar da criança. Por isso, a amamentação é essencial por contribuir para o desenvolvimento do sistema imunológico, diminuindo o aparecimento de alergias, além de fortalecer um vínculo único entre a mãe e o bebê e deve ser incentivada a ser mantida até no mínimo dois anos”, afirma a pediatra.

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