Dia Mundial da Hemofilia lembrado pela FSFX

Foto: Abraphem

O Dia Mundial da Hemofilia, celebrado nesta segunda-feira (17) foi criado para conscientizar a população sobre a doença e outros distúrbios hemorrágicos hereditários. A hemofilia é uma condição que impede que o sangue coagule normalmente. Se o sangue não coagula normalmente, as pessoas podem sangrar facilmente ou muito mais do que o normal. Segundo a Associação Brasileira de Pessoas com Hemofilia (Abraphem), 14 mil pessoas convivem com a enfermidade no país, ocupando o terceiro lugar em número de casos no ranking mundial.

A campanha reforça, principalmente, a importância do tratamento multidisciplinar para os pacientes hemofílicos. Esse cuidado vai além do controle das hemorragias, exigindo o acompanhamento ortopédico, odontológico, fisioterápico e psicológico. No Brasil, um dos grandes desafios é a acessibilidade a esse tipo de atendimento, especialmente para quem vive longe dos grandes centros urbanos. A hemofilia é uma doença genética e ainda sem cura. A condição ocorre devido à falta de uma proteína no sangue que atua na coagulação e pode se apresentar de duas formas, tipo A ou B.

Paula Ohana, médica da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), explica que a condição afeta predominantemente homens. “Isso acontece porque a mutação que causa a hemofilia se encontra no cromossomo X, e os homens recebem apenas 1 cromossomo X. Em geral, as mulheres também podem ter hemofilia, mas o quadro é mais leve. O tipo A é cinco vezes mais comum do que o B e embora os sintomas sejam semelhantes, é importante saber o tipo para receber o tratamento adequado”, ressalta. Os sintomas dependem de quão leve ou grave é a hemofilia de uma pessoa.

“O sangue em uma articulação pode causar dor, inchaço, rigidez e dificuldade em mover a articulação. Com o tempo, o sangramento repetido pode levar a danos articulares a longo prazo. Logo, é essencial um acompanhamento multidisciplinar, envolvendo hematologistas, ortopedistas, fisioterapeutas, dentistas e psicólogos, com cuidado orquestrado pelo médico de família. Dessa forma, as pessoas com hemofilia terão tratamento, reabilitação e prevenção de novos agravos, com o objetivo de lhes proporcionar qualidade de vida”, finaliza a médica da FSFX.

 

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