Comemorado no próximo dia 21, o Dia Mundial da Infância é uma iniciativa da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) para que todos reflitam sobre os direitos desse grupo de pessoas ao redor do mundo. Entre eles, logicamente, está o acesso a uma educação de qualidade, que é uma das diretrizes e inspirações da BNCC (Base Nacional Comum Curricular). A primeira infância, que vai do zero aos seis anos, é fase absolutamente essencial para o desenvolvimento e a aprendizagem.
Mas não apenas: diversos estudos mostram que o bom desenvolvimento nessa etapa pode ser efetivo para a diminuição das desigualdades e para o crescimento do país. Porém, por muito tempo, olhares para a Educação Infantil eram reduzidos à necessidade de oferta de vagas em creches e pré-escolas para que os responsáveis tivessem onde deixar as crianças enquanto trabalham; e, quando se falava sobre o que acontecia nesta etapa, olhares se voltavam de forma prioritária para o cuidar, ou simplesmente deixar brincar.
A ideia foi inspirada na filosofia de Reggio Emilia, uma abordagem que surgiu na cidade italiana de mesmo nome que tem como um dos princípios a participação ativa da comunidade na escola e o foco no desenvolvimento das potencialidades de cada criança. A BNCC apresenta uma proposta para bebês, crianças muito pequenas e crianças pequenas que se baseia em cinco campos de experiências e que, pela primeira vez, definem direitos e objetivos na aprendizagem nesta faixa etária.
A ideia é proporcionar a bebês e crianças uma imersão que reúna brincadeiras, observações, interações, que constituem oportunidades de participar, explorar, se conhecer, brincar, e se expressar. “Toda criança se desenvolve ao brincar, ao interagir com outros. E, na educação infantil, a BNCC traz referências concretas para que os educadores trabalhem com maior intencionalidade pedagógica potencializando, assim, o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças”, explica Alice Ribeiro, diretora de articulação do movimento.
Deixe um comentário