Recomendações para o uso de mochilas prevendo complicações futuras na volta às aulas

As aulas estão de volta e a mochila se torna item básico da rotina. Nos acessórios das crianças e adolescentes, cadernos, estojos, livros e outros materiais. Para quem cursa faculdade, além de tudo isso, há série de outras coisas necessárias para passar o dia, já que muitos vão estudar antes ou após o trabalho. Seja qual for à situação, o resultado são bolsas pesadas, sobrecarregando os ombros, trazendo dores e a possibilidade de lesões futuras.

“Carregar uma bolsa pesada pode causar espasmos e o enrijecimento do músculo trapézio, localizado acima dos ombros, além da possibilidade de afetar os músculos que vão do ombro até a base do pescoço, o que pode deixar a parte superior da coluna, ombros e pescoço bastante doloridos e rígidos”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Sandro da Silva Reginaldo.

O peso máximo carregado é de até 10% do corporal, e o uso inadequado da mochila pode ocasionar danos. O médico salienta que até as mochilas com rodinhas podem trazer problemas, se puxadas de maneira incorreta, pois a haste precisa ter uma altura adequada e, ainda assim, o peso também deve ser equilibrado. Um ponto importante a ser lembrado é que a mochila jamais deve ser utilizada em um ombro só, porque desequilibra a distribuição do peso.

“Isso faz com que os músculos do ombro, principalmente o músculo trapézio, aumentem, ficando um ombro mais alto que o outro. A sobrecarga crônica dos músculos em um lado o força a se desenvolver mais do que o outro”, pontua Sandro da Silva Reginaldo. A indicação é que as tiras devem ser preferencialmente acolchoadas e ajustadas de forma que a mochila fique rente ao corpo, para minimizar efeitos nocivos ao corpo.

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