Médicos sugerem nova abordagem de triagem para detectar doença em pacientes que nunca fumaram
Durante a Conferência da Ásia sobre Câncer de Pulmão, promovida pela Associação Internacional para o Estudo de Câncer de Pulmão (IASLC), que em outubro passado, pela divisão de medicina pulmonar no departamento de medicina interna defendeu que é necessário ir além do histórico de fumo para identificar pacientes de risco e compartilhou um modelo alternativo para rastreio.
Atualmente, a detecção do câncer de pulmão é realizada por meio de tomografias computadorizadas de baixa dose em pessoas de alto risco: fumantes ou pessoas que pararam de fumar há menos de 15 anos, que tenham fumado pelo menos um maço de cigarros por dia por 20 anos. A orientação é que o exame seja feito a cada um ou dois anos, a partir dos 50 a 55 anos de idade.
“O rastreio não é recomendado para a população em geral porque os custos são considerados maiores do que os benefícios, mas talvez seja hora de pensar em uma nova estratégia para o rastreamento do câncer de pulmão. O número de pessoas não fumantes diagnosticadas com câncer de pulmão vem crescendo, assim como entre quem nunca teve contato direto com fumantes”, diz o oncologista Carlos Gil Ferreira, presidente do Instituto Oncoclínicas.
O câncer de pulmão em pacientes que nunca fumaram é uma ameaça crescente global. Há locais onde o câncer de pulmão é a principal causa de mortalidade por câncer, sendo que 53% nunca fumaram. Com objetivo de desenvolver uma estratégia eficaz para identificar indivíduos de alto risco para rastrear entre aqueles que nunca fumaram, foi realizada uma campanha nacional de rastreamento com tomografia computadorizada de baixa dose.
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