O sistema tributário brasileiro é um dos mais complexos no mundo, e uma reforma tributária já está em discussão no Brasil há algum tempo, e com a eleição do novo governo federal, o tema voltou para os holofotes. Segundo o professor de Contabilidade da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) Tiago Slavov, se a reforma conseguir avançar, a simplificação do sistema tributário pode representar um aquecimento na economia do País, com reflexos em todas as atividades e na própria arrecadação do governo.
“São vários os benefícios potenciais da reforma, não somente para as empresas, mas também para os cidadãos. Embora as mudanças propostas não afetem prioritariamente a carga tributária, ao melhorar a tributação dos produtos e serviços, a simplificação reduzirá custos para as empresas na apuração dos impostos, que poderão repassar a economia para os preços de produtos e serviços”, exemplifica o professor. Além disso, as reduções nas distorções provocadas com as legislações podem aumentarão a eficiência da economia.
Com a eliminação das distorções tributárias, a empresa pode se mudar para um local mais próximo do cliente, reduzindo custos logísticos e sendo mais eficiente nas entregas de produtos. A reforma tributária, em si, não é um projeto recente, mas o apoio político e dos Estados (bastante afetados pela mudança) ganhou muita força nos últimos anos. A mudança tem como objetivo principal simplificar as obrigações tributárias para as empresas. As propostas reduzem a quantidade de tributos, a quantidade de alíquotas e as inúmeras exceções.
As mudanças, ao menos no momento, não alcançam a carga tributária (ou seja, quanto se paga), mas os processos de cálculo dos tributos (como se paga). “Tais mudanças, que chegaram a avançar no Congresso na legislatura atual, ainda estão carentes de debates sobre vários pontos com grande potencial nos investimentos. A Reforma Tributária é uma pauta urgente no nosso país, e por ser uma ação de forte impacto na economia, e segundo acenos, será priorizada no governo eleito”, acrescenta.
Deixe um comentário