Exame anual PSA aumenta chances de detecção precoce do câncer de próstata

Foto: Hospital do Rim

O Novembro Azul é o mês de alerta global e campanha para combate e prevenção do câncer de próstata. Hoje, é o principal câncer entre os homens (excluindo o de pele), responsável por 29 % dos casos. Cerca de 66 mil novos casos anuais são registrados no Brasil, nada menos que uma morte a cada 38 minutos, o que evidencia a extrema relevância do tema.

Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas, podendo estar presente apenas a elevação do Antígeno Prostático Específico (PSA), usado principalmente para rastreamento em homens assintomáticos. Quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura.

Na fase avançada, os sintomas podem ser locais:  dores ao urinar, vontade de urinar com frequência, presença de sangue na urina e/ou no sêmen, diminuição do jato urinário, insuficiência renal. Também podem ocorrer sintomas devido a metástases, dores e quadril e coluna toracolombar, gânglios em região inguinal ou, ainda, fraqueza generalizada.

Dentre os fatores de risco, o principal é o envelhecimento. Para se ter ideia, análise de autópsias mostra prevalência acima de 50% em população acima de 80 anos. Outros fatores importantes: histórico familiar de câncer de próstata (pai, irmão e tio), excesso de gordura corpórea, além de fatores ocupacionais, em menor proporção, como trabalho com agrotóxico e produção de baterias.

O rastreamento do câncer de próstata deve ser discutido com o médico, principalmente a partir dos 45 anos, ou até em idade inferior, se houver fatores de risco mais fortes. Dados recentes da população norte-americana mostram aumento da incidência de câncer de próstata de 2010 a 2018, após a não recomendação de realização do exame de PSA, anos antes.

A realização do PSA anual, aliado ou não ao toque retal, aumenta a probabilidade de se detectar lesões em fases precoces, elevando as chances de cura da doença. A prescrição de tratamento em fases iniciais será o padrão para a maioria dos pacientes, mas há um grupo de pacientes com doença de perfil menos agressivo, antes do tratamento oncológico.

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