Alta pressão ocular sem controle, pode evoluir para glaucoma

Foto: Oftalmologia Especializada

A hipertensão ocular é o aumento da pressão de dentro do olho (PIO). A condição ocorre quando há alterações na produção e na drenagem do líquido que preenche o globo ocular, chamado de humor aquoso. Embora o aumento da PIO seja o principal fator de risco para o glaucoma, nem todas as pessoas com hipertensão ocular irão evoluir para o glaucoma. Uma das principais formas de prevenir o aumento da pressão intraocular é consultar o oftalmologista regularmente.

Segundo Dra. Maria Beatriz Guerios, oftalmologista especialista em glaucoma, a hipertensão ocular é uma patologia distinta do glaucoma. “Embora a pressão intraocular esteja aumentada, a pessoa não apresenta lesões no nervo óptico. Por outro lado, são pacientes que devem ser acompanhados de perto devido ao risco aumentado de evoluir para o glaucoma,” diz. A indicação é procurar o oftalmologista após os 40 anos, um vez a cada doze meses.

Na maioria dos casos a hipertensão ocular não causa sintomas. Em geral, o aumento da PIO é descoberto pelo oftalmologista nas consultas de rotina. “Em olhos saudáveis, os níveis da pressão intraocular ficam entre 10 e 20 mmHg (milímetros de mercúrio). Acima de 21 mmHg, já se considera uma situação suspeita de hipertensão ocular. Quando esse aumento está associado a danos no nervo óptico, o diagnóstico é de glaucoma”, explica Dra. Maria Beatriz.

O tratamento da hipertensão ocular depende de vários fatores. De qualquer maneira, quem tem esse diagnóstico deve ser acompanhado regularmente pelo oftalmologista. Em geral, opta-se por usar colírios para reduzir a PIO. “Lembrando que podemos também realizar um procedimento a laser para melhorar a drenagem do humor aquoso, a trabeculoplastia seletiva a laser”, comenta Dra. Maria Beatriz.

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