Os aterros são responsáveis pela emissão do gás metano na atmosfera, que é cerca de 25 vezes superior e mais prejudicial se comparado ao CO2. Dessa forma, cada vez mais empresas e governos buscam soluções para a destinação adequada de resíduos sólidos fortalecendo o conceito da economia circular. Ou seja, o reaproveitamento dos materiais descartados para inseri-los na cadeia de produção, visando sobretudo a redução de impacto no meio ambiente.
Para garantir a melhor disposição do lixo urbano e industrial, o setor do cimento tem desempenhado papel importante na economia circular com a tecnologia do coprocessamento. Entre os principais exemplos de resíduos reaproveitados pelas cimenteiras estão os industriais, pneus usados, da agroindústria (como palha de arroz, casca de babaçu e caroço de açaí), e mais recentemente os Resíduos Sólidos Urbanos, fração não reciclável.
A atividade atende as mais altas exigências ambientais e é regulamentada pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) de Coprocessamento de Resíduos em Fornos de Cimento. Esse importante documento que completa dois anos no próximo dia seis de outubro substitui a primeira versão que estava em vigor há mais de 20 anos. Foram atualizadas as definições e parâmetros de emissão com base em normas mais modernas.
Dos anos 2000 pra cá, mais de 20 milhões de toneladas de resíduos foram destinados adequadamente e utilizados como fonte energética renovável em substituição ao combustível fóssil, tradicionalmente utilizado na fabricação do cimento. O percentual de utilização de combustíveis alternativos dentro da matriz energética do setor saltou de 9% para 28%. Em termos absolutos, de 300 mil toneladas em 2000 para dois milhões de toneladas de resíduos.
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