A endometriose é uma doença inflamatória crônica relativamente comum que, de acordo com dados da Anvisa, afeta cerca de 10% da população feminina brasileira e ocorre quando o tecido interno do útero começa a crescer fora dele, muitas vezes aderindo a outros órgãos do corpo, causando sintomas como cólicas e infertilidade, entre outros. Nos últimos meses passou a ser notícia nos principais canais do país a dificuldade em diagnosticar o quadro inflamatório em mulheres em idade reprodutiva e a discussão foi provocada pelo depoimento da cantora Anitta, que compartilhou sua experiência de quase 10 anos até receber o diagnóstico e iniciar o tratamento apropriado.
O diagnóstico da endometriose geralmente é feito em consulta clínica, com avaliação dos sintomas e exames físicos das pacientes que buscam por atendimento ginecológico. O principal exame realizado para confirmação diagnóstica é a ultrassonografia transvaginal, que deve ser realizada por um médico especializado na detecção dessas lesões.
Para dimensionar a atual capacidade do serviço de saúde no Brasil para atendimento e diagnóstico de endometriose, a LifesHub, healthtech que reúne mais de cinco terabytes de dados de saúde em sua plataforma, organizou informações já fornecidas pela Agência Nacional de Saúde (ANS) permitindo a análise da distribuição de equipamentos de ultrassonografia nas regiões brasileiras, do volume de diagnósticos e de procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os resultados podem ser vistos a seguir. Nos últimos 12 anos, o sistema de saúde pública e particular quase dobrou a quantidade de equipamentos de ultrassom no país. Ao todo, o Brasil possui 47,7 mil equipamentos de ultrassonografia ativos.
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