Dia oito de setembro é a data que é celebrada mundialmente como a da alfabetização. Cerca de 100 mil crianças se tornaram autoras dos seus próprios livros infantis graças ao SuperAutor, programa pedagógico totalmente gratuito para escolas, que já conta com duas mil instituições de ensino cadastradas nas cinco regiões brasileiras e viabilizou 200 mil produções. Ao transformar as crianças em autoras dos seus livros, o SuperAutor estimula a alfabetização, o letramento, a criatividade, o pensamento crítico e o protagonismo infantil.
O programa também aproxima familiares da comunidade escolar, engaja pais e responsáveis na educação dos filhos e está alinhado com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Além de contarem suas histórias, as crianças fazem ilustrações e uma minibiografia usadas na publicação. A escola ainda é palco de um evento lúdico de autógrafos. “A criação do primeiro livro autoral de uma criança impacta muito o seu futuro. Uma criança protagonista em seu processo de ensino e aprendizagem tem mais autoestima e entendimento de que, por meio da educação, é possível alcançar seus sonhos e objetivos. Estas são habilidades que podem ajudá-la a decidir e guiar seu futuro. Coragem para decisões e menos medo de julgamentos geram autenticidade e identidade”, defende Pedro Gigante, co-fundador do SuperAutor.
Fundado em 2019, o programa iniciou sua operação de forma massiva em 2020, ano de declínio da educação, por conta da pandemia. Segundo um levantamento da ONG Todos pela Educação, o número de crianças brasileiras entre seis e sete anos que não sabem ler e escrever passou de 1,4 milhão em 2019 para 2,4 milhões em 2021. Falta de estrutura, problemas econômicos, entre outros fatores contribuíram para este aumento. Neste cenário, programas pedagógicos que apoiem a rede escolar e as famílias ganham mais importância.
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