O coordenador de cirurgia do Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC), administrado pela Fundação São Francisco Xavier (FSFX), doutor Adriano Franco, participou do programa Saúde e Bem Estar, da TV Record. O especialista falou sobre a relação da obesidade com a insônia e reforçou os tratamentos e hábitos saudáveis para combater a esses problemas de saúde.
Segundo Dr. Adriano Franco a obesidade tende a intensificar o quadro de insônia, gerando um ciclo vicioso que exige o tratamento do paciente. “As pessoas vão sendo levadas a esses quadros progressivamente e, muitas vezes, sem perceber. Muitos levam o celular para a cama e postergam o sono, por exemplo. Assim, acabam dormindo mal e pouco, sofrendo com a fadiga no dia seguinte. Isso compromete o desempenho no trabalho, nos exercícios físicos, além de prejudicar a qualidade de vida, o humor e o controle do peso”, explicou.
Ainda segundo o médico, uma vez que a insônia e a obesidade estão atreladas a quadros de ansiedade e compulsão, o paciente que dorme mal tende a se alimentar mal. “A pessoa que dorme mal sente mais fome. Isso é apontado pelo aumento dos níveis de grelina, hormônio da fome, e a redução dos níveis de leptina, hormônio da saciedade”, apontou. “O estresse mental leva a um estresse físico, que desencadeia quadros compulsivos ligados à má alimentação, que causa o ganho de peso e piora a insônia”, completou.
Durante o programa, Dr. Adriano Franco destacou a importância do tratamento adequado para a insônia. “Mais importante do que a medicação para dormir é a adoção de hábitos saudáveis para o tratamento eficaz da insônia: evitar a exposição a telas de celular antes de dormir, se alimentar pelo menos duas a três horas antes de dormir, tentar manter um estilo de vida saudável em vez de recorrer somente à medicação, uma vez que o uso indiscriminado de remédios para dormir pode gerar quadros de dependência”, alertou.
Além disso, o médico ressaltou as peculiaridades e cuidados básicos para o tratamento da obesidade. “O corpo funciona com ciclos longos de tratamento, sendo necessário mudar o estilo de vida e adotar hábitos saudáveis pelo resto da vida. “Não é só um cirurgião, um nutricionista, um psicólogo ou um endocrinologista sozinhos que vão resolver um problema de obesidade, e sim o trabalho em conjunto de todo esse time de especialistas”, pontuou. Assista:
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