A procura por escolas de educação infantil costuma ser dilema vivenciado por muitas famílias, em especial as de primeira viagem. O mês de julho é ideal para decidir em qual local a criança ficará após o período de férias ou início da vida escolar. Aos seis meses, alguns bebês precisam contar com cuidados de terceiros e, na hora de decidir onde matricular a criança, é fundamental encontrar escolas adequadas ao desenvolvimento infantil. São diversos os aspectos a serem observados ao escolher o local e a quem delegar a educação de crianças de zero a seis anos.
A pedagoga e especialista em Gestão Escolar Juliana Diniz, explica que a partir dos anos 90 o ensino ganhou relevância ainda maior no país porque passou a integrar a Educação Básica, com diretrizes mais amplas, em que os cuidados básicos com a criança, que são essenciais e a educação devem compor as estratégias educacionais. Para Juliana, os desafios atuais da educação nessa fase extrapolam os aspectos de cuidados e assistência, que são indissociáveis ao ato de educar. A eles, soma-se a necessidade da oferta de propostas pedagógicas que considerem a criança e seu universo o centro do processo de desenvolvimento.
As vivências, segundo ela, devem priorizar possibilidades de exploração do cotidiano, de investigação e descobertas, para potencializar as aprendizagens e construção de autonomia. Assim como garantir a integração da família no processo, participando do centro e com comunicação genuína, oportuna e bilateral com as equipes. Os pais devem considerar a formação continuada de educadores. Observar essa questão faz diferença, segundo Juliana. Ela diz que nos últimos anos há vastas pesquisas sobre novas metodologias e práticas mais aderentes à forma de aprender das crianças dessa geração.
A escola deve garantir espaços formativos contínuos, que aprimorem a atuação docente. Abordagens que vão desde capacitações em primeiros socorros, como ajudar uma criança engasgada, até aprofundamento sobre a ciência da aprendizagem e do desenvolvimento infantil. Juliana ressalta que o espaço deve ser rico em possibilidades e, acima de tudo, seguro, principalmente do ponto de vista da estrutura física, já que a faixa etária exige atenção. A proposta educacional da escola é outro fator a ser considerado, já que a prática do dia a dia deve ser a mesma declarada pela equipe pedagógica.
De acordo com a especialista, estudos atuais apontam que as crianças aprendem mais e melhor quando protagonizam experiências ricas e intencionais. “Quando o ambiente for excessivamente fabricado por adultos, com materiais muito estruturados, há sinais de que a criança não é o centro do processo, por exemplo. É relevante fazer escolhas em que os valores institucionais dialoguem com os valores da família, afinal, a parceria entre ambas será determinante para o pleno desenvolvimento da criança, ”destaca Juliana Diniz.
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