Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 8,4% da população brasileira acima de dois anos (17,3 milhões de pessoas) têm algum tipo de deficiência. E a nível mundial, um bilhão de adultos e crianças com deficiência não possuem qualquer tipo de assistência, de acordo com o Relatório Global sobre Tecnologia Assistiva publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Pensando nisso e em busca de transformar a vida de pessoas com deficiência motora por meio da autonomia, foi desenvolvido o Colibri.
Essa tecnologia, que é um mouse de cabeça, sem fios, que permite usar celulares, tablets e computadores apenas com movimentos de cabeça e piscadelas, vem fazendo considerado sucesso pelo Brasil. Marcelo Cunha é pintor e integrante da Associação de Pintores com a Boca e os Pés, é um dos usuários que tiveram suas vidas modificadas pelo sistema.
“Sou tetraplégico há 31 anos e sempre busquei ter uma vida ativa: ler muito, fazer atividades que me dão prazer, estudar, além de trabalhar como artista plástico. Nesta rotina, o Colibri se encaixa perfeitamente. Ele me permite ler online, grifar, fazer edições de vídeos e fotos que uso para divulgar meu trabalho. A autonomia que essa tecnologia me dá eu nunca imaginei viver”, relata o artista.
A tecnologia também vem se destacando pelo país. É o caso do Douglas Reis, de 40 anos, que desde 1997 busca por uma tecnologia como o Colibri. “O dispositivo foi uma grande surpresa na minha vida. Isso porque, os produtos eletrônicos de acessibilidade, principalmente aqueles que operam celulares, tablets e computadores, praticamente não existem no Brasil, ainda mais por preço acessível. Hoje, com o Colibri, eu pisco ou dou um sorriso e já tenho acesso a um mundo de coisas. É incrível”, relata Douglas.
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