O mês de maio traz à tona um tema muito importante: o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. A campanha ficou marcada em maio, principalmente no dia 18, em razão do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, data em homenagem a Araceli, assassinada com apenas oito anos de idade no Espírito Santo em 1973. Os réus foram absolvidos, fazendo do crime um caso impune até os dias atuais.
O mês alerta para o aumento de violência contra grupos vulneráveis em todo o mundo, especialmente para mulheres e crianças. Dados levantados junto ao Relatório do Disque Direitos Humanos, o Disque 100, identificaram que, dentre as notificações registradas de violações de direitos entre os diversos segmentos sociais (idosos, mulheres e pessoas com deficiência), as crianças e adolescentes foram os mais afetados, representando 55% do total das denúncias em 2019.
Qual a melhor forma de ensinar as crianças a diferenciar carinho de assédio? Ao falar sobre abuso sexual é necessário usar a linguagem adequada para cada idade. A criança aprende que violência é algo muito concreto, que causa dor física, como um tapa, um beliscão, um puxão de cabelo. Portanto, ao se falar de violência sexual para a criança entender, é necessário mostrar concretamente como ela pode acontecer. Para isso, é importante que a forma apresentada e os materiais didáticos usados tenham representatividade, para que as crianças se identifiquem.
Foram 86.837 novos casos de violação de direitos da infância e da adolescência no Brasil em relação ao ano anterior, diante da situação, a prevenção é a melhor maneira de se enfrentar a violência. É necessário um trabalho informativo junto aos pais e responsáveis, sensibilizar a população em geral, e dos profissionais das áreas de educação e jurídica, além da identificação de crianças e adolescentes em situação de risco e o acompanhamento da vítima e do agressor. As denúncias podem ser feitas no Conselho Tutelar ou ligando para o Disque Denúncia Nacional: 100.
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