De acordo com os dados divulgados quinta-feira (28) pelo Banco Central, a taxa de inadimplência das famílias com recursos livres subiu 0,08 ponto percentual, para 4,71%, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2022. No ano, a taxa já subiu 0,34 ponto percentual, muito mais do que fora verificado no ano passado, quando a taxa subiu 0,20 ponto percentual entre os meses de dezembro de 2020 e 2021.
O aumento na taxa de inadimplência já era esperado pelos economistas da Boa Vista, dado que o indicador de Registros de Inadimplentes havia apontado alta de 1,4% na comparação mensal dos dados dessazonalizados no mesmo período. Diante de um cenário nada amistoso, esse movimento na taxa de inadimplência não surpreende e os números esperados para março também seguem a mesma trajetória.
A inflação pesa cada vez mais sobre o bolso dos consumidores e tende a perdurar por um pouco mais de tempo, sobretudo, em função da grande incerteza que cerca a precificação de itens básicos, como alimentos e combustíveis. A taxa cobrada delas subiu de 46,29% em janeiro para 48,14% em fevereiro. O custo de captação passou de 10,92% para 11,24% e o spread bancário de 35,37 para 36,90 pontos percentuais.
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