Os livros de Carlos Drummond de Andrade voltaram a ser publicados pelo Grupo Editorial Record. Com capas que refletem o espírito drummondiano e moderno projeto gráfico, as novas edições foram lançadas em Itabira nesta quarta-feira (7), durante a realização do “Sempre um papo”, com o jornalista Afonso Borges. Em comemoração aos 120 anos do poeta e aos 80 da editora, as obras foram doadas pelo editor da Record, Rodrigo Lacerda, ao prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage.
Durante a segunda edição do Flitabira, a Record fará o lançamento de mais quatro exemplares reeditados. O evento será realizado entre o dia 31 de outubro e 16 de novembro deste ano. Durante o evento do dia sete de abril, realizado na Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), Marco Lage agradeceu a Rodrigo pelos exemplares, e reforçou a importância de dar a Itabira o protagonismo que merece como berço da literatura drummondiana.
“Nossa história com o Drummond ganhou um novo capítulo depois do I Festival Literário Internacional de Itabira (Flitabira) promovido no ano passado. Participar do lançamento oficial da nova coleção de livros de Carlos Drummond de Andrade aqui hoje mostra isso. Vamos trabalhar muito para que os nossos adolescentes e jovens tenham acesso a obra do poeta e tenham orgulho de fazer parte dessa história como itabiranos”, afirmou o prefeito.
Os livros contam com a bibliografia do poeta, índice de primeiros versos e posfácios assinados por grandes personalidades da cultura. Os quatro exemplares lançados em primeira mão em Itabira foram: o ‘Sentimento do mundo’ com texto complementar do ativista e escritor indígena Ailton Krenak; ‘Claro enigma’, com posfácio do escritor angolano Mia Couto; ‘Antologia poética’, com Zélia Duncan; e ‘Alguma poesia’, do estilista Ronaldo Fraga.
De acordo com Rodrigo Lacerda, responsável pelo processo de reedição, os livros passaram por uma minuciosa e inédita metodologia que inclui consulta a manuscritos e materiais do acervo de Drummond. Além disso, as obras ganharam uma linha do tempo que percorre os três anos que antecederam a publicação e os três que a sucederam. Assim, os leitores terão uma ideia do contexto político, social e cultural que influenciou o poeta.
“É um prazer muito grande fazer esse lançamento aqui. Eu trabalho como editor desde os 17 anos e hoje tenho 53 anos. Já fiz uma vez a supervisão da obra completa de Machado de Assis e foi o ponto alto solitário dessa minha carreira de editor. Agora, acredito que tenho um segundo ponto alto que são as novas edições dos livros de Drummond. Tenho certeza que para a editora Record ter o Drummond de volta também é uma honra”, disse o convidado.
Em relação a nova proposta dos livros, que tem como principal foco os leitores jovens, Ricardo reiterou que Carlos Drummond de Andrade é um poeta que não tem idade. “Realmente tem alguns poetas que exigem do leitor uma certa maturidade de leitura, mas o Drummond não é assim. A linguagem alcança um nível de comunicação direta que boa parte dos poemas os jovens conseguem fruir com facilidade”, destacou.
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