Vale expande tecnologia, e conta com 12 perfuratrizes autônomas em Itabira

Inteligência artificial, sistemas de computador, GPS e radares fazem parte da rotina de mais de 300 empregados da Vale no Brasil, que estão sendo beneficiados pela operação autônoma. Com essa tecnologia, que começou a ser utilizada há quatro anos, os equipamentos se movimentam sem operadores nas cabines, o que reduz significativamente os riscos a que os empregados estão expostos na área operacional, além de dar mais estabilidade à operação e gerar ganhos de eficiência. Já são 24 caminhões, 18 perfuratrizes, 12 delas em Itabira, e 30 máquinas de pátio em operação. Os autônomos também estão presentes nas operações na Mina Brucutu, em fevereiro começou a operar a 12ª perfuratriz em Itabira.

No total já são 24 caminhões fora de estrada, 18 perfuratrizes e 30 máquinas de pátio operando de forma autônoma. Os primeiros equipamentos autônomos a entrar em operação foram caminhões fora de estrada e perfuratrizes, em 2018 em São Gonçalo do Rio Abaixo. Além dos ganhos de segurança e eficiência comuns a todos os autônomos, há também benefícios de sustentabilidade no caso de equipamentos móveis, como caminhões fora de estrada e perfuratrizes, devido à redução do consumo de combustível e aumento da vida útil de componentes. Com o avanço dos autônomos, cerca de 300 já empregados deixaram de atuar em áreas sujeitas aos riscos inerentes à operação, como as cavas das minas e os pátios de estocagem.

Em Brucutu, o operador de perfuratriz Claudinei Clemente dos Santos, de 51 anos a 22, trabalhando na Vale, conta que a operação autônoma também favorece a inclusão. Em 2004 ele sofreu um acidente rodoviário, que o deixou com uma deficiência física. A tecnologia chegou para melhorar suas condições de trabalho. “Quando me chamaram para operar a perfuratriz autônoma foi a maior felicidade. Antes eu tinha de subir no equipamento, fazer o furo, descer para conferir como tinha ficado e retornar ao equipamento. Hoje faço o levantamento na área e retorno para o centro de controle, insiro os dados na máquina e a perfuratriz executa a tarefa de forma autônoma. Tenho muito mais conforto”, explica.

A implantação dos autônomos nas operações está sendo acompanhada de planos de qualificação dos empregados para atuarem com as novas tecnologias, tornando-os mais preparados para a mineração do futuro. Todos os empregados envolvidos no projeto receberam capacitação, seja para funções novas (como projetista de pistas de caminhões) ou para executar as mesmas funções de uma forma diferente, interagindo com os veículos autônomos. Desde a implantação do sistema não foi registrado nenhum acidente envolvendo pessoas. A tecnologia também traz ganhos ambientais. Em Itabira, as perfuratrizes autônomas apresentaram redução de 7,3% de combustível em comparação às tripuladas.

É uma redução de cerca de 1.200 litros de combustível por ano, o que equivale a 2.966 tCO2 a menos na atmosfera. Para absorver essa quantidade de emissões seria necessária uma área de 22 mil m2 de florestas. Já nos caminhões de Brucutu, os pneus tiveram um acréscimo de 25% na sua vida útil, levando a um menor descarte de resíduos. O aumento da vida útil dos motores também foi de 25%, o que gera uma redução de custo significativa para a empresa, já que cada troca de motor custa R$ 2,5 milhões. Inovação é chave para a Vale melhorar a vida das pessoas e transformar o futuro em conjunto com a sociedade. Em sua estratégia, a empresa prioriza segurança, produtividade e agenda de baixo carbono.

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