O deputado Bernardo Mucida enviou carta à Bolsa de Valores de Nova York com questionamentos quanto à elaboração e ao cumprimento da agenda ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) da Vale S.A. À presidência da mineradora, pediu para detalhar em sua política de ESG a reparação dos danos provocados pela extração nos territórios minerados. Itabira, por ser berço da mineradora, e o primeiro grande município minerador com previsão de exaustão de jazidas, é a melhor oportunidade para entregar à sociedade, um projeto de sobrevivência pós ciclo mineral.
“Convidei autoridades do mercado de capitais e comunidades envolvidas para buscarmos soluções aos danos provocados pela extração minerária em Itabira, bem como garantir o desenvolvimento econômico do município após o fechamento das minas, que está previsto para 2031”, explica o deputado, garantindo que o anúncio desse esgotamento cria um ambiente de incerteza quanto ao futuro de Itabira, sua sustentabilidade econômica, ambiental e social após o efetivo encerramento das atividades minerárias do município.
Nos documentos enviados, Mucida reivindicou que a Vale evidencie em sua política de ESG a reparação dos danos provocados pela mineração no Estado, de forma ampla, e no município de Itabira, de modo específico. Para ele, a agenda também deve prever o efetivo investimento em melhoria e ampliação da infraestrutura, capacitação profissional e tecnológica para os municípios mineradores. Um case brasileiro e até internacional, de como uma cidade mineradora torna-se sustentável, pós-exaustão das jazidas.
O objetivo do deputado é garantir que os municípios afetados encontrem novas vocações para alavancar seu desenvolvimento, regenerar os territórios minerados e áreas degradadas, com geração de emprego e renda para seus habitantes. Para o parlamentar, a Vale deve se comprometer com a consolidação de um polo educacional e de medicina especializada, investimentos em infraestrutura viária, atenção ao fornecimento de água limpa e abundante, além da eliminação de qualquer risco futuro com as barragens.
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