O avanço das tecnologias, a disseminação do uso das redes sociais e o mundo virtual de forma geral já são parte integrante da vida de todos os seres humanos na idade contemporânea, inclusive as crianças. Nesse contexto, problemas que outrora já eram grandes como o bullying, acaba por encontrar um novo ambiente fértil para crescerem e se propagarem. Por isso, a escola Teia Multicultural promove aulas de ética na internet para ajudar as crianças a lidarem com obstáculos presentes no meio digital.
“Frequentemente recebemos alunos muito machucados emocionalmente, provenientes de outras escolas. Além de todo tipo de dificuldade que as crianças podem enfrentar em suas relações com seus pares, os adolescentes ainda são prejudicados pelas redes sociais, que além de serem extremamente viciantes, mexem profundamente com a autoestima das pessoas”, explica Lucas Briquez, diretor administrativo da Teia Multicultural.
Para a arte educadora e youtuber Gabi Cywinski o primeiro passo para combater o cyberbullying é a identificação. “Eles criam duas contas. É nas contas fakes que o cyberbullying está acontecendo normalmente. Então, o primeiro passo é ensinar a usar a internet de uma forma consciente, empática e saudável. Assim, eles mesmos podem visualizar o bullying e chegar em alguém para falar não só do que eles estão passando, mas do que colegas possam estar passando também”, opina.
De acordo com a educadora, lidar com o cyberbullying é um trabalho de equipe realizado entre escola, família e alunos. “Os pais também precisam ter educação socioemocional, porque se os adultos não estiverem preparados para os baques que virão, iremos apenas piorar a situação”, explica Cywinski. De acordo com Briquez, a escola busca promover uma educação personalizada e que chame atenção dos alunos. “É muito difícil para qualquer pessoa estar em um lugar onde ela não é levada a perceber nenhuma qualidade própria”, pontua.
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